Brasil Integra Rede Internacional CoViNet para Monitoramento de Coronavírus

O Brasil, por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios e Exantemáticos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), passa a integrar a rede internacional CoViNet, criada para monitorar diversos tipos de coronavírus e identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública. A iniciativa, um desdobramento da rede de laboratórios de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa antecipar e preparar o mundo para possíveis novas pandemias.

Participação Brasileira na Vigilância Global

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países, unindo especialistas em vigilância de coronavírus, abrangendo aspectos humanos, animais e ambientais. “O objetivo é se antecipar a uma nova pandemia, um grande desafio que estamos enfrentando em cooperação global”, afirma Marilda Siqueira, chefe do laboratório brasileiro participante.

Este laboratório, que já atuava como referência para o vírus influenza desde 1951, ampliou seu escopo com o advento da pandemia de COVID-19, tornando-se também referência para o SARS-CoV-2 na América do Sul e Caribe.

Objetivos e Funcionamento da CoViNet

Com a expansão da rede inicial da OMS em 2023, o laboratório do IOC/Fiocruz foi selecionado para compor a CoViNet, que trabalha não apenas com o SARS-CoV-2, mas com o monitoramento de outros coronavírus que possam surgir. O foco está na evolução viral e seu possível impacto em futuras vacinas e respostas de saúde pública.

“Monitoramos constantemente para detectar mutações e compreender suas implicações, garantindo que as vacinas e estratégias de saúde sejam atualizadas conforme necessário”, explica Siqueira.

Preparação para Futuras Pandemias

A chefe do laboratório destaca que, embora a COVID-19 tenha sido uma surpresa, o trabalho realizado oferece importantes lições que estão sendo incorporadas às preparações para futuras pandemias. Isso inclui a revisão de manuais e a adaptação de estratégias baseadas nas experiências adquiridas.

“A preparação envolve a integração da saúde humana, animal e ambiental, refletindo o conceito de ‘saúde única’, que é fundamental para enfrentar futuras pandemias de forma eficaz”, ressalta Siqueira.

Os dados e insights fornecidos pela CoViNet orientarão os Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral e Composição de Vacinas da OMS, assegurando que as políticas de saúde global sejam baseadas em informações científicas atualizadas e precisas.

Com informações da Agência Brasil.

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