Aquecimento Global – ONU exige ação imediata do G20

Julho de 2023 pode se tornar o mês mais quente já registrado, enquanto a ONU insta as maiores economias do mundo a intensificar ações climáticas.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou dados alarmantes nesta quinta-feira 27.07.2023, indicando que julho de 2023 está a caminho de se tornar o mês mais quente já registrado na história. Este fenômeno está associado a ondas de calor que afetam grande parte da América do Norte, Ásia e Europa. Em meio a este cenário de calor recorde, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo urgente ao G20, grupo de países que é responsável por 80% das emissões globais de gases do efeito estufa. Guterres pediu a essas nações que intensifiquem suas ações em prol da justiça climática.

António Guterres descreveu as consequências da mudança climática como “claras e trágicas”, citando crianças arrastadas por chuvas torrenciais, famílias fugindo de incêndios e trabalhadores desmaiando no calor escaldante. Ele enfatizou que a mudança climática “já está aqui” e que o que estamos vendo é “apenas o começo”. Incêndios florestais em países como Canadá e Grécia têm um impacto enorme na saúde das pessoas, no meio ambiente e nas economias.

O secretário-geral da ONU destacou que existem “diversas oportunidades críticas” para mudar este quadro, incluindo as próximas Cúpulas Climática da África, do G20, da Ambição Climática da ONU e a Conferência sobre Mudança Climática, COP28, marcada para os Emirados Árabes Unidos. Ele também cobrou planos viáveis para acabar com o uso de carvão até 2040 e uma atuação firme das instituições financeiras para encerrar empréstimos e investimentos em combustíveis fósseis.

Antes da divulgação do relatório, o climatologista Álvaro Silva, da OMM, enfatizou a importância de melhorar os planos de adaptação à mudança climática. Segundo a OMM, em 6 de julho, a média diária da temperatura global do ar ultrapassou o recorde estabelecido em agosto de 2016, tornando-se o dia mais quente já registrado, com os dias 5 e 7 de julho logo atrás.

Com informações da ONU.

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