Pará

Reunião integrada em Santarém discute políticas para duas unidades de conservação

Juntas, a Estação Ecológica Grão-Pará e a Reserva Biológica Maicuru têm extensão territorial maior que o estado do Rio Grande do Norte.

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) promoveu, em Santarém, na região oeste paraense, a 17ª Reunião Ordinária Integrada do Conselho Gestor da Estação Ecológica (Esec) Grão-Pará e da Reserva Biológica (Rebio) Maicuru. O encontro, realizado nos dias 13 e 14 de dezembro, discutiu temas relevantes para a gestão adequada das Unidades de Conservação (UCs), que são maiores que o estado do Rio Grande do Norte em extensão territorial.

Organizada pela Gerência da Região Administrativa da Calha Norte III (GRNCIII), a reunião contou com a presença de representantes de entidades públicas, organizações não governamentais e da sociedade civil. Na ocasião, foram abordadas questões como a Revisão do Plano de Manejo das UCs, que visa a atualizar as diretrizes de gestão e estabelecer metas e ações para garantir a proteção dos ecossistemas presentes na Esec Grão-Pará e na Rebio Maicuru.

Outro ponto discutido foi a sinalização e o monitoramento das áreas, visando a melhorar a infraestrutura e a segurança para visitantes e pesquisadores. A implementação desses mecanismos contribui para o controle e a proteção dos territórios, evitando ações ilegais como desmatamento, garimpos e a caça predatória.

Fiscalização – A fiscalização nas UCs também foi abordada durante o encontro, dando ênfase à importância da presença de fiscais e ações de prevenção e combate a crimes ambientais, a fim de garantir a integridade dos ecossistemas e a proteção da fauna e flora nesses territórios.

O Projeto Grande Tumucumaque também foi pautado. A iniciativa consiste no aporte de recursos durante 15 anos para a preservação da sociobiodiversidade e recursos naturais. Aprovado este ano, o projeto será executado nas duas UCs através da parceria entre o Ideflor-Bio, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

O titular da GRCNIII, Neto Vasconcelos, reforçou a importância da participação e colaboração de diferentes setores da sociedade na gestão das UCs. Ele acredita que a troca de experiências e a discussão de assuntos relevantes contribuem para o aprimoramento das estratégias de conservação e preservação ambiental.

“Com a realização da 17ª Reunião Integrada, o Ideflor-Bio reitera o seu compromisso em promover a gestão participativa e transparente dessas importantes áreas, buscando sempre a preservação dos recursos naturais e o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental”, afirmou o gerente.

Sobre as UCs – Criada em 2006, a Esec Grão-Pará é a maior UC de Proteção Integral de florestas tropicais do planeta, com 4,2 milhões de hectares. Situada na margem esquerda do rio Amazonas, abrange os municípios de Oriximiná, Óbidos, Alenquer e Monte Alegre, e incorpora porções das bacias hidrográficas dos rios Maicuru, Curuá, Cuminapanema, Erepecuru, Trombetas e Mapuera. 

Já a Rebio Maicuru, também criada em 2006, possui mais de 1,1 milhão de hectares, abrangendo os municípios de Almeirim e Monte Alegre. Sua área se estende do rio Maicuru até o rio Jari, na fronteira do Pará com o Amapá. A visitação pública, com a finalidade de lazer ou turismo é proibida no local, exceto quando o objetivo é para fins educacionais. 

Junto com outras áreas protegidas da Calha Norte do Pará e de grande parte do estado do Amapá, compartilha o objetivo de consolidar o maior corredor ecológico do planeta, contribuindo na seguridade dos territórios indígenas limítrofes e para o ordenamento territorial do estado do Pará.

Reprodução Agência Pará.

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