Onda de calor extremo é só o começo segundo a ONU

Agências da ONU monitoram temperaturas recordes e preparam estudo sobre vínculo com mudanças climáticas.

O calor extremo que tem assolado várias regiões do Hemisfério Norte é apenas o começo, de acordo com agências da Organização das Nações Unidas (ONU). Autoridades de diversos países já emitiram alertas e reforçaram os serviços de saúde e polícia especializados para lidar com a situação. Especialistas estão investigando como lidar com essas temperaturas extremas e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) está preparando um estudo sobre a possível ligação entre as ondas de calor e as mudanças climáticas.

As pessoas são aconselhadas a se manterem hidratadas, tentar se refrescar o máximo possível e seguir os alertas emitidos nos países onde as temperaturas extremas estão próximas de 40º C. O climatologista Álvaro Silva, da OMM, explicou que a comunidade científica está acompanhando duas tendências que podem agravar a onda de calor.

Uma investigação sobre o calor intenso e a circulação do ar na atmosfera está em andamento pela OMM. Silva destacou a urgência de ações regionais e globais para enfrentar efetivamente a ameaça da crise climática. No ano passado, mais de 61 mil mortes foram registradas na Europa devido às ondas de calor.

As mudanças climáticas, segundo Silva, são causadas por altas pressões sobre três regiões, resultando em anomalias de pressão na troposfera e subsequente aquecimento do ar que atinge a superfície. Outro fator é o transporte de ar quente de latitudes subtropicais para latitudes mais altas, como o sul da Europa.

Com as temperaturas extremas, houve registros de mortes e incêndios florestais em áreas europeias. Autoridades de vários países acionaram alertas e reforçaram serviços especializados de saúde e polícia para melhorar o apoio às pessoas em dificuldades.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa falou sobre a necessidade de adaptação à “nova realidade” de ondas de calor com mortes e outros episódios de clima extremo. A OMM está conduzindo uma investigação sobre o calor intenso e a circulação do ar na atmosfera, esperando concluir nos próximos dois meses um estudo revelando a possível associação das atuais ondas de calor e os efeitos das mudanças climáticas no planeta.

Com informações da ONU.

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