Belém Avança na Luta pelos Direitos LGBTI+ com Fórum e Casa de Acolhimento
Orgulho. Este substantivo masculino, que representa um sentimento de prazer e grande satisfação com o próprio valor e honra, tem um significado ainda mais profundo para a população LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais). Para eles, orgulho também simboliza resistência, luta e amor. Em Belém, a Prefeitura Municipal tem trabalhado desde 2021 para construir uma cidade mais justa, com participação social e acolhimento.
Em junho de 2023, um marco histórico foi alcançado. A Prefeitura de Belém, em parceria com movimentos sociais, criou o primeiro Fórum Belém LGBTI+. Este evento é o resultado da construção coletiva de um projeto de cidade mais humana e respeitosa. Durante o evento, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, sancionou a lei de número 9.903, que cria o Conselho Municipal de Políticas Públicas para a População LGBTI+ de Belém.
Infelizmente, ainda há jovens sendo expulsos de casa pelas próprias famílias por serem quem são. “Quando sentimos a dor de não sermos aceitos por apenas amar, o que buscamos é acolhimento”, diz Yvine Macedo, de 22 anos, que viveu a experiência dolorosa do preconceito dentro de casa.
Uma das conquistas mais significativas do Fórum foi a criação de uma Casa de Acolhimento para a população LGBTI+. “Entre os compromissos assumidos, há uma vitória que é o anúncio de uma das casas na Vila Bolonha, já visitada pela gestão e movimentos sociais, para, em breve, reformar e transformá-la em Casa de Acolhimento”, explicou o prefeito Edmilson Rodrigues.
Jandara Matan, uma travesti de 47 anos, acredita que o espaço também pode ajudar na construção de políticas educacionais na cidade. “Agregar LGBTIs mais jovens e idosos, com formação profissional, suporte para o mercado de trabalho e incentivar que essas pessoas estejam matriculadas na rede de ensino”.
A luta pelos direitos da diversidade continua, mais de 50 anos após a revolta de Stonewall em 1969. Segundo um relatório de 2022 do Grupo Gay da Bahia, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. A Prefeitura de Belém tem trabalhado para mudar essa realidade, com programas como o Olhar Noturno, que distribui kits de higiene e oferece cursos de qualificação profissional, e o Cesta Nutrir Juntos, que distribui cestas de alimentos orgânicos e oferece acompanhamento nutricional para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Com informações da Agência Belém.