Ararajubas voltam a colorir os céus de Belém após projeto de reintrodução e monitoramento

Mais de 45 aves já foram reintroduzidas, até o momento, na Região Metropolitana de Belém para assegurar sobrevivência da espécie na região

Após um longo período em que se acreditava estar extinta nos arredores de Belém, as ararajubas (Guaruba guarouba) estão voltando a enfeitar o céu da capital paraense. No último domingo, dia 7, um grupo de seis pássaros foi reintegrado à natureza, após meses de treinamento no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”.

O projeto responsável pela reintrodução e monitoramento das ararajubas na Região Metropolitana de Belém é realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com a Fundação Lymington de São Paulo. Durante o treinamento, as aves levaram de cinco a seis meses para aprender a se alimentar de frutos nativos e identificar possíveis predadores.

Nos últimos oito anos, mais de 45 ararajubas foram devolvidas aos céus da Grande Belém. Elas são mais frequentemente encontradas no Parque Estadual do Utinga, mas também podem ser avistadas em diferentes pontos da cidade, especialmente nas bordas de áreas verdes. Além de sua bela plumagem, a vocalização da espécie é outro destaque, com seu som alto que ecoa por longas distâncias.

Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio, expressou gratidão a todos que contribuíram para o sucesso do projeto e destacou a importância da reintrodução das ararajubas para a cidade de Belém. Segundo o biólogo Marcelo Villarta, da Fundação Lymington, o projeto representa uma oportunidade de corrigir erros do passado, quando a humanidade extinguiu a espécie de seu ambiente natural.

Apesar do sentimento de dever cumprido, Villarta ressalta que o trabalho de reintrodução não tem fim, já que o monitoramento e a garantia da sobrevivência das aves após a soltura são etapas cruciais. O próximo passo é continuar o cuidado das aves soltas e preparar mais um grupo de ararajubas para ser reintegrado à natureza.

Crisomar Lobato, diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, considera o projeto um verdadeiro sucesso e afirma que já existe uma geração de ararajubas genuinamente paraense. O projeto, que já completou oito anos de atividades, tem planos de ser estendido por mais dois anos, garantindo a continuidade do monitoramento e reintrodução dessas belas aves no ambiente natural.

Com informações da Agência Pará.

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