Comunidade indígena de Belém comemora proibição da exploração de madeira em áreas demarcadas

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  • Para a administradora de empresas Evelyn Xipaya, a revogação da Instrução Normativa protege os territórios indígenas para todos.

No último dia 16 de janeiro a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, revogou a Instrução Normativa 12/22 que autorizava planos de manejo e exploração de madeira dentro de áreas indígenas demarcadas. A norma, oficializada nas últimas semanas do governo de Jair Bolsonaro,  preocupava a comunidade indígena do país e em Belém não foi diferente.

“Com a revogação dessa medida nós nos sentimos mais fortalecidos e seguros. Se essa prática, que já acontece há muito tempo, fosse legalizada, seria muito prejudicial para a vida de todos nós. Quando nós falamos em proteger nossos territórios falamos em proteger para todos, até mesmo para o explorador que não tem consciência”, explica a indígena do tronco Juruna e administradora de empresas Evelyn Xipaya, que atualmente reside em Belém mas é natural do município paraense de Altamira. 

A indígena Xipaya ainda levanta um questionamento para quem tem uma visão antiambientalista e que concorda com a exploração de madeira em terra indígena. “Que filhos somos nós que não protegemos a nossa mãe terra?”, indaga Evelyn. 

Apesar da cidade de Belém não possuir nenhum território indígena, muitos indígenas vivem na capital paraense, onde estudam e trabalham. São os não aldeados. No entanto em todo o Estado do Pará são mais de 55 etnias, aproximadamente 60 mil indígenas  falantes de três dezenas de idiomas dos troncos linguísticos Karib, Macro jê, Pano, Nheengatu, Tupi, Juruna, Munduruku, entre outros.

Os povos indígenas ocupam mais de 25% (vinte e cinco por cento) do território paraense e estão distribuídos em torno de 77 áreas indígenas, em 52 municípios. Esses dados foram revelados pela Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa).

Fonte Agência Belém

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