Pará firma parcerias para conquista de Indicação Geográfica de produtos locais


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A Sedap (Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará) criou o Programa de Incentivo à Indicação Geográfica e Marcas Coletivas (Lei 10.510/2024) para apoiar três produtos de Santarém – Tapajós: Pirarucu, feijão manteiguinha e os trançados de Arapiuns, feitos por mulheres artesãs. A iniciativa visa resgatar e reconhecer a importância cultural, socioeconômica e ambiental dessas produções.

De 23 a 26 de junho, técnicos da Sedap, Emater, prefeitura e produtores se reunirão em Santarém para formalizar parcerias. O objetivo é iniciar o processo de IG do pirarucu — uma espécie amazônica emblemática e ameaçada — e retomar os pedidos para o feijão e os trançados, assegurando reconhecimento público e proteção legal.

Para Márcia Tagore, coordenadora do programa, “o trabalho conjunto entre governo e parceiros locais é fundamental para a obtenção do reconhecimento de uma IG”.

O que é Indicação Geográfica (IG)

A IG é um instrumento de propriedade intelectual que atesta que um produto ou serviço possui qualidades, reputação ou características diretamente associadas à sua região de origem. Regulada pela Lei nº 9.279/1996 e regulamentada pelo INPI, ela impede o uso indevido do nome geográfico e confere exclusividade aos produtores locais.

Modalidades de IG:

  1. Indicação de Procedência (IP): identifica regiões cuja fama está ligada à produção do bem, valorizando reputação mais geral. Exemplo: a farinha de Bragança (IP), no Pará.
  2. Denominação de Origem (DO): atribui à região qualidades específicas naturais e humanas essenciais ao produto, como é o caso da região do Champagne na França.

A IG é sempre manejada coletivamente: somente membros associados e produtores na área delimitada podem utilizá-la, sob supervisão da entidade requerente.

Por que a IG é tão importante?

A IG oferece diversos benefícios:

  • Valorização econômica: permite que os produtos tenham preços até 50% maiores, segundo o INPI.
  • Proteção legal: combate falsificações e uso indevido do nome geográfico; preserva reputação.
  • Fortalecimento coletivo: estimula a formação de governança entre produtores, com cadernos de especificação e fiscalização.
  • Impulso turístico: IG atrai mídia espontânea e visitantes, fomentando a economia local.
  • Preservação cultural e ambiental: valoriza saberes tradicionais e reforça práticas sustentáveis.

No Pará, exemplos comprovados incluem a farinha de Bragança (melhor preço, proteção da marca, sustentabilidade ambiental), além de iniciativas em cacau, açaí e mel que geram renda e fortalecem comunidades.

Destaques e impacto

  • Pirarucu: espécie emblemática, agora no caminho da IG.
  • União de produtores e poder público garante credibilidade e sustentabilidade.
  • Economia criativa e valorização: aumento de renda, atração turística e reforço cultural.

A obtenção de Indicação Geográfica para produtos como pirarucu, feijão manteiguinha e os trançados de Arapiuns fortalece a economia local, preserva tradições, protege contra fraudes e eleva o valor regional. É um passo estratégico para consolidar a identidade e o desenvolvimento socioeconômico do Pará.


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