Setor privado terá papel central na COP30, afirma presidente da conferência


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Por Vicente Crispino.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025 em Belém (PA), pretende estabelecer um novo paradigma nas negociações climáticas globais. Com foco na implementação prática do Acordo de Paris, o evento trará o setor privado para o centro das decisões, em uma virada histórica rumo a uma diplomacia mais descentralizada, objetiva e conectada às urgências locais.

Durante o Fórum Econômico Brasil-França, realizado na última semana em Paris, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, defendeu que a colaboração entre governos e empresas é essencial para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono. Em painel dedicado ao papel do setor privado na conferência e na concretização das metas do Acordo de Paris, Corrêa do Lago foi enfático: “A participação ativa do setor privado é fundamental para atingirmos as metas climáticas globais. A COP30 será uma oportunidade única para mostrar ao mundo o compromisso do Brasil e de seus parceiros com a sustentabilidade e a inovação.”

O evento na capital francesa reuniu líderes empresariais, autoridades governamentais e representantes de organizações internacionais envolvidas na agenda climática. Os debates reforçaram a necessidade de investimentos em tecnologias limpas, infraestrutura sustentável e soluções inovadoras para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. O encontro também marcou o início das celebrações pelos 10 anos do Acordo de Paris, tratado que uniu 196 países em torno do objetivo comum de limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2 °C, com esforços para mantê-lo em 1,5 °C.

Com esse espírito de transformação, a presidência da COP30 lançou uma plataforma global para mapear experiências reais de combate à crise climática, desde a Amazônia até periferias urbanas ao redor do mundo. O objetivo é identificar iniciativas que já estão em curso e podem ganhar escala com apoio internacional. A conferência contará ainda com quatro círculos de liderança – focados em financiamento climático, governança, povos indígenas e ex-presidentes das COPs – para propor ações concretas e colaborativas.

Além disso, seis cartas temáticas serão elaboradas com propostas práticas sobre finanças, energia, cidades, alimentação, biodiversidade e transição social. Ao contrário de edições anteriores, essas cartas evitarão o jargão diplomático e priorizarão a execução, contando com forte engajamento do setor privado.

A proposta da presidência da COP30 é ambiciosa: transformar a conferência em um marco de ação real e coletiva. “Não podemos depender apenas dos consensos entre Estados. Precisamos mobilizar quem já está agindo”, afirmou Corrêa do Lago, indicando que a nova diplomacia climática será guiada pela prática e pela urgência.


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