França anuncia fim do visto para brasileiros cruzarem fronteira com a Guiana
Medida histórica beneficia população do Amapá e fortalece integração regional amazônica.
Uma notícia há muito aguardada por moradores da fronteira norte do Brasil foi confirmada nesta quinta-feira (5): brasileiros não precisarão mais de visto para entrar na Guiana Francesa. O anúncio foi feito pelo presidente francês, Emmanuel Macron, durante encontro oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Paris.
A medida, que já vinha sendo articulada há meses por autoridades brasileiras, em especial pelo governo do Amapá, representa um marco nas relações diplomáticas e sociais entre os dois países. O presidente francês destacou que o novo acordo é reflexo da vontade mútua de estreitar os laços entre os povos que vivem em regiões amazônicas vizinhas: “É um passo esperado por todos — pelos habitantes da Guiana, do Amapá e do Amazonas. Queremos fortalecer o desenvolvimento e a proteção da floresta juntos”, afirmou Macron.
A isenção de visto vai impactar diretamente a rotina de milhares de amapaenses que vivem nas cidades fronteiriças como Oiapoque. Hoje, cruzar a ponte sobre o Rio Oiapoque, que liga o Brasil à cidade francesa de Saint-Georges, ainda exige uma burocracia que dificulta o intercâmbio cultural, social e comercial entre os dois lados da fronteira.
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que acompanhou a comitiva presidencial em Paris, celebrou o avanço como uma conquista histórica para o povo do Amapá: “É mais do que uma questão diplomática, é uma vitória cotidiana para quem vive na fronteira. É o reconhecimento da integração real entre os povos da Amazônia”.
Já o senador Davi Alcolumbre (União-AP) reforçou que a decisão representa também um gesto de confiança e respeito mútuo: “É um passo importante para fortalecer a cooperação entre Brasil e França em temas estratégicos, como desenvolvimento sustentável e segurança”.
Além de facilitar a mobilidade entre os territórios, a medida pode estimular o turismo, impulsionar negócios locais e facilitar ações conjuntas nas áreas de saúde, educação e meio ambiente. Para os moradores da fronteira, essa conquista representa uma nova fase nas relações com o país vizinho — agora mais próxima, mais humana, mais integrada.
Fontes:
Agência Amapá
