Chance de colisão entre Via Láctea e Andrômeda é menor do que se pensava
Estudo indica apenas 2% de probabilidade de fusão galáctica nos próximos 5 bilhões de anos.
Um novo estudo publicado na revista Nature Astronomy sugere que a tão prevista colisão entre a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda pode não ser tão inevitável quanto se acreditava. Utilizando dados atualizados dos telescópios espaciais Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), e Hubble, da NASA, os pesquisadores realizaram mais de 100 mil simulações para prever o comportamento das duas galáxias nos próximos 10 bilhões de anos.
Os resultados indicam que a probabilidade de uma colisão direta entre as duas galáxias nos próximos 5 bilhões de anos é inferior a 2%. Já a chance de uma fusão ocorrer nos próximos 10 bilhões de anos é de aproximadamente 50%, o que representa uma redução significativa em relação às estimativas anteriores, que apontavam para uma colisão quase certa em cerca de 4,5 bilhões de anos.
O estudo também destaca a influência de outras galáxias próximas, como a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea. A presença dessa galáxia menor pode alterar a trajetória da Via Láctea, reduzindo ainda mais a probabilidade de uma colisão com Andrômeda.
Embora as duas galáxias estejam se aproximando a uma velocidade de cerca de 400 mil quilômetros por hora, os pesquisadores enfatizam que, mesmo em caso de fusão, é improvável que estrelas ou sistemas planetários individuais colidam, devido às vastas distâncias entre eles. No entanto, uma fusão galáctica resultaria na formação de uma nova galáxia elíptica, alterando significativamente a estrutura atual da Via Láctea e de Andrômeda.
O estudo foi conduzido por uma equipe internacional de astrônomos, incluindo o astrofísico Till Sawala, da Universidade de Helsinque, e contou com a colaboração de pesquisadores das universidades de Durham, no Reino Unido, e Toulouse, na França.
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