Brasil solicita à Opas certificação por eliminação da transmissão vertical do HIV

Taxa de transmissão de mãe para filho ficou abaixo de 2% em 2023, segundo dados oficiais.


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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entregou nesta terça-feira (3) à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) um relatório que comprova a redução da transmissão vertical do HIV no Brasil. Em 2023, a taxa de transmissão de mãe para filho foi inferior a 2%, e a incidência de HIV em crianças ficou abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

A entrega do relatório ocorreu durante o XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Rio de Janeiro. Com esses resultados, o Brasil pleiteia a certificação internacional de eliminação da transmissão vertical do HIV, o que o tornaria o maior país do mundo a alcançar tal feito.

O representante da Opas no Brasil, Cristian Morales, destacou que o país pode se juntar a outros 19 que já eliminaram a transmissão vertical do HIV. Ele ressaltou a importância de manter o financiamento constante para sustentar esses resultados.

O Ministério da Saúde atribui essa conquista a políticas públicas eficazes, como a ampliação da cobertura de pré-natal, testagem de HIV em gestantes e tratamento adequado para gestantes vivendo com HIV. Além disso, estratégias de prevenção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que atingiu 184.619 usuários em 2025, e a distribuição de testes rápidos do tipo duo HIV e sífilis, contribuíram para os avanços.

O pedido de certificação é parte do programa Brasil Saudável, que visa eliminar a transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B, doença de Chagas e HTLV até 2030.

Atualmente, 151 municípios e sete estados brasileiros já obtiveram algum tipo de certificação relacionada à eliminação da transmissão vertical de HIV. Para 2025, estão previstas certificações para cerca de 70 municípios e 10 estados.

A certificação internacional pela Opas/OMS reconhece países que alcançam e mantêm indicadores específicos de impacto e processo, como taxas de transmissão inferiores a 2% e cobertura de serviços de saúde adequados. O Brasil adaptou esse processo para certificações subnacionais, permitindo que estados e municípios com mais de 100 mil habitantes também sejam reconhecidos.


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