Ibama aprova plano de fauna da Petrobras na Foz do Amazonas
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) apresentado pela Petrobras. Essa aprovação representa um avanço no processo de licenciamento ambiental para a perfuração de poço exploratório em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá.
Segundo o Ibama, o plano atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa: a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada. A próxima fase envolve a Avaliação Pré-Operacional (APO), um exercício prático que simulará um vazamento de óleo para testar a eficácia das ações de resposta emergencial.
Essa simulação contará com a participação de mais de 400 pessoas e utilizará recursos logísticos como embarcações de grande porte, helicópteros e uma sonda de perfuração posicionada no local a ser perfurado. O objetivo é avaliar a eficiência dos equipamentos, a agilidade na resposta, o cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o compromisso da empresa com os requisitos estabelecidos pelos órgãos reguladores e afirmou que a companhia está preparada para atuar de forma segura na costa do Amapá. Ela ressaltou que será instalada na área a maior estrutura de resposta à emergência já vista em águas profundas e ultra-profundas.
A aprovação do plano ocorre após o Ibama ter negado, em 2023, o pedido de licença para perfuração na região, citando preocupações ambientais, como a presença de recifes de coral e a rica biodiversidade marinha. A Petrobras recorreu da decisão e, desde então, tem trabalhado para atender às exigências do órgão ambiental.
A Bacia da Foz do Amazonas é considerada uma das áreas mais promissoras para exploração de petróleo no Brasil, com características geológicas semelhantes às de regiões produtoras na Guiana. A decisão final sobre a concessão da licença de perfuração dependerá do sucesso da simulação de emergência e da avaliação do Ibama sobre a capacidade da Petrobras de operar com segurança na região.
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