Conferência ambiental reúne diversidade de vozes e reforça justiça climática


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A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), realizada entre 6 e 9 de maio de 2025, em Brasília, transformou-se em um verdadeiro retrato da diversidade brasileira. Com delegações formadas por critérios que asseguraram a paridade de gênero, a presença majoritária de pessoas negras e a inclusão de representantes de povos e comunidades tradicionais, o evento sinalizou um novo tempo para o debate ambiental no país.

A conferência promoveu um espaço de escuta e protagonismo para grupos historicamente marginalizados. Entre os participantes, Janeth Ribeiro, da Associação de Catadores de Açailândia (MA), ressaltou a importância de incluir catadores, indígenas, mulheres e quilombolas nas discussões e decisões sobre o meio ambiente. Para ela, a inclusão não é um favor, mas um direito que deve ser garantido por políticas públicas efetivas.

De Parintins (AM), o desenvolvedor de software Kilmer César propôs que a educação ambiental seja incorporada ao currículo escolar do ensino médio, defendendo que a formação de uma consciência ecológica desde cedo é essencial para mudanças duradouras.

A professora Irene Carniatto, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, destacou o resgate da democracia participativa como base para enfrentar os desafios impostos pela emergência climática. Em sua visão, o diálogo plural é essencial para construir soluções sustentáveis e equitativas.

Representando o povo Baniwa, a agricultora Sidineia Cardoso trouxe experiências de manejo sustentável em São Gabriel da Cachoeira (AM), mostrando como é possível conciliar produção agrícola e preservação florestal. Seu relato evidenciou que o conhecimento ancestral pode ser aliado fundamental da ciência.

Adna Santos, conhecida como Mãe Baiana, do terreiro Ylê Axé Oyá Bagan, defendeu a causa ambiental com base em ensinamentos dos orixás e nas práticas dos povos tradicionais. Ela enfatizou que proteger a natureza é também respeitar a espiritualidade e os saberes ancestrais.

Compondo um mosaico de vozes e saberes, a 5ª CNMA reafirmou que políticas ambientais eficazes só serão possíveis quando construídas com participação ampla e respeito à pluralidade cultural, social e regional do Brasil.

Fonte: Agência Gov


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