Ministério das Cidades lança com BNDES editais de R$ 235 milhões para projetos sociais e ambientais em comunidades do país
O Ministério das Cidades assumiu papel de protagonismo no lançamento de uma nova etapa do programa BNDES Periferias, que destinará R$ 235 milhões a iniciativas sociais e ambientais em territórios vulneráveis. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (5), no Rio de Janeiro, durante o Seminário da Caravana das Periferias, que reuniu representantes de 50 organizações sociais selecionadas para integrar a formação e participar dos editais.
A ação, realizada em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem como objetivo estruturar políticas públicas duradouras nas favelas e regiões periféricas, promovendo desenvolvimento com justiça social e sustentabilidade. Os editais priorizam projetos de fortalecimento institucional, geração de renda e preservação ambiental.
“Estamos diante de uma nova forma de olhar para as favelas: não mais como problema, mas como espaço de potência e inovação”, afirmou o secretário nacional de Periferias, Guilherme Simões, durante o evento. A presença do Ministério reforça a diretriz do governo federal de colocar as periferias no centro do planejamento urbano e das políticas públicas.
Do total de recursos, R$ 50 milhões serão destinados ao edital BNDES Periferias Verdes, que financiará projetos de economia circular, agricultura urbana e ações de resiliência climática. Outros R$ 35 milhões compõem o BNDES Periferias Fortes, voltado ao fortalecimento de organizações da sociedade civil no Norte e no Nordeste do país. A terceira rodada do programa também amplia o financiamento federal para até 90% do valor total de cada projeto, aumentando a capacidade de execução das entidades.
Além dos editais, foi iniciado o Programa de Formação em Captação e Gestão para Organizações de Favelas, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com duração de sete meses. As 50 organizações participantes terão acesso a capacitações em gestão estratégica, elaboração de projetos e sustentabilidade financeira.
Tereza Campello, diretora socioambiental do BNDES, destacou a importância do alinhamento entre governo federal, bancos públicos e sociedade civil: “As transformações que buscamos nas periferias só serão possíveis com apoio técnico e financeiro consistente, além do reconhecimento do saber local.”
As inscrições para os editais estão abertas até 30 de maio de 2025. Os projetos selecionados terão início ainda neste ano e serão acompanhados por uma rede de monitoramento e suporte técnico institucional.
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