Rede de Observatórios conhece movimento de transição justa na Amazônia
Workshop no Pará apresenta a Jornada COP+, iniciativa da FIEPA para impulsionar a bioeconomia e o desenvolvimento sustentável.
Representantes da Rede de Observatórios do Sistema Indústria de todo o Brasil conheceram de perto o movimento de transição justa na Amazônia liderado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). A Jornada COP+ foi apresentada nesta quinta-feira, 24, durante o 4º Workshop de Inteligência da Rede, realizado pela primeira vez no estado.
A gestora executiva da Jornada COP+, Elen Néris, detalhou os pilares, programas e objetivos da iniciativa. Para ela, os Observatórios podem ser aliados estratégicos. “Os observatórios são o grande centro de inteligência das federações das indústrias de todo o país. São eles que produzem inteligência de dados, o que pode contribuir para que os projetos da jornada sejam ainda mais assertivos”, explicou.
O workshop
Realizados semestralmente, os Workshops de Inteligência buscam promover o desenvolvimento dos 26 observatórios integrantes da rede, incentivando a troca de boas práticas e soluções. Nesta edição, sediada na FIEPA, a programação contou com palestras, rodas de conversa e imersão na cultura amazônica.
Os participantes iniciaram a agenda com uma visita à Ilha do Combu, em Belém, onde conheceram a fábrica de chocolate nativo Filha do Combu e o trabalho da Associação das Mulheres Extrativistas da Ilha. Para a presidente da associação, Daniele Sarmanho, a experiência abre portas para novos mercados. “É gratificante pra gente, porque depois que a gente fala todo o processo da andiroba, o trabalho que dá, a gente vê que existe um reconhecimento e que eles gostam do nosso produto. Acredito que todo esse movimento que a COP traz vai melhorar bastante pra gente também, porque vai aumentar a procura”, destacou.
A coordenadora da Rede de Observatórios do Sistema Indústria, Ellen Felizari, reforçou a importância da imersão para o fortalecimento das ações locais. “É uma maneira de encontrar soluções estratégicas para que a Rede de Observatórios desenvolva produtos que possam atender e ajudar no desenvolvimento da região, em parceria com o Observatório do Pará”, afirmou.
Criado em 2024, o Observatório da Indústria do Pará é um dos mais recentes do país. Segundo o gerente do Observatório, Felipe Freitas, sediar o evento é um reconhecimento importante. “É uma confiança muito forte, a gente fica muito grato por isso. Principalmente pela confiança depositada no tema, que é a questão da bioeconomia. Discutir essa economia e a comunicação interna do observatório com as demais atividades do Sistema S também sinaliza que a bioeconomia é o futuro da indústria”, ressaltou.
Com informações de: FIEPA