Pará ganha destaque no turismo com 11 Novos municípios no mapa oficial

Por Vicente Crispino.

A recente inclusão de 11 novos municípios paraenses no Mapa do Turismo Brasileiro não é apenas um avanço administrativo, é uma afirmação de identidade, potencial e direito ao desenvolvimento. O Pará, com suas florestas majestosas, rios imponentes, sabores inconfundíveis e uma população acolhedora, é um dos corações pulsantes do Brasil que há muito tempo merecia maior visibilidade nacional no setor turístico.

Cada município inserido nesse mapa ganha mais que um ponto geográfico: conquista uma porta de acesso a investimentos, capacitações e políticas públicas que podem transformar realidades locais. O turismo, quando bem planejado, impulsiona economias inteiras. Isso se traduz em novos empregos, valorização de saberes tradicionais, fortalecimento da infraestrutura e, sobretudo, em oportunidades para quem antes estava à margem.

O turismo também é cultura em movimento. Ele permite que tradições orais, danças, festas religiosas, culinária ancestral e artesanatos únicos sejam não apenas preservados, mas celebrados. No Pará, isso é especialmente urgente, há uma riqueza cultural e ambiental frequentemente invisibilizada no imaginário brasileiro, ofuscada por estereótipos ou pela centralização turística em outras regiões.

Além disso, os municípios que passam a integrar o Mapa do Turismo assumem um novo compromisso com a governança pública. A necessidade de estruturar conselhos, elaborar planos e organizar dados estatísticos impulsiona uma gestão mais técnica, transparente e participativa, um ganho imensurável para a cidadania local.

Os 11 novos municípios do Pará incluídos no Mapa do Turismo Brasileiro são:​

  1. Anajás
  2. Bagre
  3. Bannach
  4. Cachoeira do Arari
  5. Curuá
  6. Mãe do Rio
  7. Monte Alegre
  8. Peixe-Boi
  9. São Sebastião da Boa Vista
  10. Senador José Porfírio
  11. Viseu​

Do ponto de vista constitucional, essa ação ecoa os princípios de desenvolvimento regional equilibrado e de promoção do direito à fruição dos bens culturais. Mais que um privilégio, é um direito dos povos amazônicos terem suas paisagens, histórias e modos de vida reconhecidos como parte fundamental da identidade brasileira.

Esse protagonismo se torna ainda mais relevante com a realização da COP30 em Belém, que colocará o Pará sob os holofotes do mundo. O evento trará uma visibilidade internacional inédita para o estado e reforçará a importância de políticas sustentáveis, integrativas e comprometidas com a conservação ambiental e a justiça social na Amazônia.

Ao fortalecer o turismo sustentável e integrativo, o Pará se posiciona como referência. Proteger seus recursos naturais não é frear o progresso, mas moldar um futuro onde biodiversidade e prosperidade caminhem juntas. Que essa nova fase seja marcada por investimentos conscientes e, sobretudo, pelo protagonismo das comunidades locais.

Mais que no mapa, o Pará está, enfim, no caminho certo.

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