Brasil desponta como potência ambiental no G20 e se prepara para liderar a COP30

Com 30% do território protegido e a maior biodiversidade do planeta, o país assume papel central no futuro da sustentabilidade global.

Por Vicente Crispino

A proteção ambiental é mais do que uma escolha ética, é uma questão estratégica. E, nesse aspecto, o Brasil tem se posicionado com força crescente entre as maiores economias globais. Conforme o novo estudo divulgado pelo IBGE, o país está entre os cinco membros do G20 que possuem o maior percentual de áreas protegidas, tanto terrestres quanto marinhas. Um reconhecimento merecido, que precisa ser celebrado, e acompanhado por ações contínuas.

Atualmente, o Brasil protege 30,6% de seu território terrestre e 26,7% de seu território marinho, números amplamente superiores às metas mínimas globais propostas pela Convenção sobre a Biodiversidade. Esses dados ganham ainda mais relevância quando lembramos que o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta, com biomas como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, essenciais para o equilíbrio climático global e a preservação da vida em todas as suas formas.

Além da legislação rigorosa, com destaque para o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), o Brasil tem demonstrado capacidade institucional para expandir sua proteção ambiental. A criação de grandes áreas marinhas nos arquipélagos de Trindade e São Pedro e São Paulo, por exemplo, consolidou o Brasil como a principal nação das Américas no G20 em compromissos com a conservação dos oceanos.

Mas o protagonismo brasileiro não parou por aí. Ainda em 2025, o mundo inteiro voltará seus olhos para a floresta amazônica com a realização da COP30 em Belém. Trata-se de um marco histórico: pela primeira vez, a principal conferência global sobre o clima será realizada no coração da maior floresta tropical do planeta. Isso não apenas eleva o Brasil a um novo patamar de influência ambiental, como também oferece à cidade de Belém uma oportunidade única para mostrar sua cultura, sua resiliência e sua vocação sustentável.

É certo que os desafios persistem. A redução da cobertura vegetal nas últimas décadas exige vigilância constante e políticas eficazes. No entanto, a desaceleração do desmatamento, indica que estamos no caminho certo. Conservar a natureza não é um obstáculo ao crescimento, é o segredo para um desenvolvimento verdadeiramente duradouro.

O Brasil tem o dever, e o privilégio, de ser guardião da vida no planeta. Ao unir biodiversidade, compromisso institucional e diplomacia ambiental, tornamo-nos um exemplo possível e necessário para o planeta. Que a COP30 seja mais do que um evento: que seja um ponto de virada. Um pacto pela Amazônia. Um novo começo para o planeta.

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