Leão absoluto no Mangueirão

A bola ficou com o América na maior parte do tempo – cerca de 70% de posse. Acontece que a objetividade estava com o Remo, que foi letal no aproveitamento das oportunidades criadas. A vitória por 2 a 0 sobre o América-MG fez justiça ao bom rendimento coletivo na primeira apresentação diante da torcida nesta Série B.

O gol quase aconteceu logo no 1º minuto. Alan Rodriguez cruzou rasteiro e Janderson chegou atrasado, perdendo chance com o gol vazio. Mas, aos 12 minutos, a rede balançou. Em avanço pela direita, Marcelinho cruzou e Pedro Rocha testou firme para o fundo do barbante.

O América insistia com cruzamentos pelo alto, mas a defesa azulina funcionou bem. A melhor chance dos mineiros ocorreu aos 22’. Figueiredo lançou na área e Willian Bigode finalizou no ângulo. Marcelo Rangel fez uma defesa de puro reflexo, espalmando para escanteio.

Aos 26’, contragolpe azulino e Janderson cruzou para Pedro Rocha desviar de cabeça, com muito perigo. O América trocava passes no meio, mas não aprofundava as jogadas porque a zaga do Leão marcava com eficiência.

No intervalo, Daniel Paulista trocou Pavani (com cartão amarelo) pelo estreante Luan Martins. O resultado foi imediato. Aos 2 minutos, Pedro Rocha arrancou pela esquerda e tocou para Luan, que acionou Janderson. O cruzamento saiu na medida para Rocha só empurrar para o gol. Remo 2 a 0.

Superior no embate coletivo, o Remo explorava passes longos para surpreender a marcação. Aos 15’, Felipe Vizeu lançou Janderson na direita. Ele entrou na área, mas chutou prensado pela zaga e a bola saiu.

Ainda impactado pelo segundo gol, o América fazia a bola circular para retomar o controle do jogo e chegou perigosamente aos 21’, em cabeceio de William que Marcelo Rangel espalmou para escanteio.

Com Adailton no lugar de Pedro Rocha, o Remo se dedicou a explorar os contragolpes pela esquerda. Criou duas chances: aos 26’, Adailton explodiu na marcação e, aos 31’, Luan bateu por cima do gol.

Daniel Paulista resolveu renovar o fôlego do time. Trocou Janderson, Marcelinho e Pedro Castro por Kadu, Dodô e Daniel Cabral, reforçando a marcação e controlando todos os passos do América.

Uma vitória importante, que traz confiança e tranquilidade para a sequência do campeonato. Time foi bem na transição rápida e na força de marcação. Pedro Rocha, Caio Vinícius, Reinaldo e Janderson foram os melhores. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Marcação frouxa derruba o Papão 

Como ocorreu na estreia contra o Atlético-PR, o PSC foi vítima de seus próprios erros diante do Vila Nova, sábado à noite, em Goiânia. Tomou um gol logo no início da partida em falha de Luan Freitas. O atacante Poveda deu um giro e ficou livre na pequena área para tocar no canto esquerdo do gol de Matheus Nogueira.

Tudo o que ocorreu depois disso foi uma sucessão de equívocos do PSC no 1º tempo. O Vila ainda ameaçou duas vezes com o próprio Poveda, mas aos poucos foi desacelerando. Sem Rossi e Nicolas, o time de Luizinho Lopes teve muitas dificuldades na condução de bola.

Os erros de passe e de posicionamento sabotavam as tentativas de subir ao ataque, até em ações simples. Somente aos 23 minutos saiu o primeiro ataque, em cobrança de falta executada por Giovani.

O empate quase aconteceu, meio por acidente. Nos acréscimos, após lance confuso na área, o centroavante Benítez mandou um chute no poste esquerdo. A bola correu sobre a linha e caiu nas mãos do goleiro Hass.

Na etapa final, Luizinho demorou para substituir Giovani, que permaneceu em campo até os 21 minutos. Para piorar, manteve Marlon e sacou Borasi. A equipe melhorou com Edilson no lugar de Bryan, embora continuasse atrapalhada quando precisava organizar o jogo.

Apesar de todos os problemas, o PSC teve outra chance para empatar. Numa investida pela direita, Edilson acertou um belo chute na trave. Benítez, bem no jogo, chegou perto de marcar após chutar rasteiro. O goleiro pegou no susto. O Vila só ameaçou no final com João Vieira.

Mais que os poucos méritos do Vila Nova foram os problemas do PSC que determinaram o resultado. Depois da segunda derrota na Série B, o time precisa de mudanças urgentes – e de Rossi – para reagir na competição.

Nos pênaltis, Águia conquista Copa Grão-Pará 

Toda a emoção da final da Copa Grão-Pará ficou para os tiros livres, após empate nos 90 minutos. E a vitória do Águia veio nas penalidades – 9 a 8 – com o herói de sempre: Axel Lopes. Ele defendeu um pênalti e fez a cobrança que fechou a série, assegurando a vaga na Copa do Brasil 2026.

Não foi apenas na decisão de sábado, no Mangueirão. A importância do goleiro se mostrou fundamental na sequência de jogos após a interrupção do Parazão. Ele havia sido decisivo nos dois confrontos com o Bragantino, pelas quartas de final e pela semifinal da Copa Grão Pará.

Além da disputa nos penais, o pequeno público viu um golaço de Romarinho para o Águia no 2º tempo da partida. Um chute de fora da área, que pegou efeito e entrou no ângulo esquerdo do gol de Henrique. A Tuna conseguiu empatar nos instantes finais com o artilheiro Edgo.

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 14)

Para obter informações detalhadas e atualizadas sobre esportes, recomendamos a visita ao blog do nosso parceiro, Gerson Nogueira.

MOSTRAR MAIS

ARTIGOS RELACIONADOS

Translate »