Estudo da OCDE e PNUD reforça que maior ambição climática é chave para crescimento econômico sustentável
Relatório internacional destaca que ações climáticas ousadas podem elevar o PIB global, reduzir a pobreza e atrair investimentos privados.
Um estudo publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revela que a intensificação das metas climáticas pode representar uma alavanca estratégica para o crescimento econômico sustentável. Segundo o relatório, políticas públicas bem estruturadas, voltadas para a transição verde, não apenas mitigam os efeitos das mudanças climáticas, como também impulsionam ganhos de produtividade e inovação em escala global.
De acordo com a análise, a adoção de metas mais ambiciosas, acompanhadas de marcos regulatórios claros, pode resultar em um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 0,2% até 2040. Em contraste, a falta de clareza nas políticas climáticas pode desencorajar o setor privado e reduzir o PIB em até 0,75% já em 2030. O estudo destaca que a previsibilidade das ações governamentais é fator decisivo para a mobilização de recursos e estímulo à economia.
Além de ganhos macroeconômicos, o relatório salienta que medidas como o reinvestimento das receitas de carbono podem ampliar o apoio social às políticas de descarbonização, além de financiar programas voltados à redução da pobreza e à inclusão social. Investimentos em energia limpa, eficiência energética e tecnologias sustentáveis são apontados como motores de crescimento e resiliência econômica de longo prazo.
O estudo é lançado em um momento estratégico: os países devem apresentar, até setembro deste ano, suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), metas previstas no Acordo de Paris para limitar o aquecimento global. O tema esteve em pauta no Diálogo Climático de Petersberg, realizado em Berlim, que reuniu representantes de 40 países para preparar o caminho rumo à COP30, marcada para novembro em Belém, Brasil.
Com informações de: COP30