Polícia Federal desmantela esquema de fraudes ambientais envolvendo servidores do Ipaam

A Polícia Federal (PF) deflagrou, a Operação Expurgare, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa formada por servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Os investigados, ocupando cargos estratégicos no órgão, são suspeitos de facilitar ilegalidades como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão indevida de multas e liberação irregular de autorizações para desmatamento.

A operação foi realizada nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia, com o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas, por determinação da 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus/AM.

Entre os alvos está o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, que foi afastado do cargo por ordem judicial. Também foram presos preventivamente os servidores Francielho Araújo Oliveira e Fábio Rodrigues Marques, que já haviam sido indiciados durante a Operação Arquimedes, deflagrada em 2019, que investigava crimes ambientais semelhantes.

A Operação Expurgare é um desdobramento da Operação Greenwashing, que revelou um esquema de fraudes fundiárias com origem em Lábrea/AM, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Estima-se que cerca de 538 mil hectares de terras públicas foram apropriadas ilegalmente. Entre 2016 e 2018, os crimes foram ampliados com a reutilização de títulos e inserção de dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos.

Em nota oficial, o Governo do Amazonas afirmou que está colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos e que não compactua com práticas ilegais. Também informou que os envolvidos serão afastados ou exonerados de seus cargos, reafirmando o compromisso com a legalidade e a transparência na gestão pública.

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