Comitê de Sociobioeconomia da Jornada COP+ Inicia Grupo de Trabalho em Belém

Reunião reúne setor produtivo, acadêmico e governo para fortalecer a bioeconomia no Pará.

O Grupo de Trabalho do Comitê de Sociobioeconomia da Jornada COP+ realizou sua primeira reunião nesta terça-feira (11), em Belém, reunindo representantes do setor privado, poder público, terceiro setor, profissionais e acadêmicos. O encontro teve como objetivo debater os desafios e oportunidades para o avanço da sociobioeconomia no Pará , avanços no desenvolvimento de um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia.

O Comitê de Sociobioeconomia faz parte da Jornada COP+, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) , que busca construir uma nova agenda econômica, social e ambiental para o setor produtivo amazônico. Para o presidente da FIEPA e da Jornada, Alex Dias Carvalho , o comitê tem um papel essencial nessa transformação. “Seja na nossa percepção enquanto cidadão brasileiro ou enquanto parte de uma federação que traz soluções que combinam preservação e riqueza, podemos usar essa voz do comitê para fazer o mundo conhecer o potencial da bioeconomia. Nosso compromisso é com a construção de uma nova realidade para o nosso mundo e para a indústria do estado”, afirmou.

Durante a reunião, os participantes conheceram detalhes do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará (PlanBio), lançado pelo Governo do Estado em 2022 como parte do Plano Amazônia Agora, com a iniciativa mudar a relação de uso da floresta, reduzir o desmatamento e tornar o Pará carbono neutro até 2036 . Atualmente, 95% das emissões de carbono do estado estão relacionadas ao uso da terra e das florestas .

A secretária adjunta de Bioeconomia da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Camille Bemerguy , destacou a importância do PlanBio como um modelo inovador. “O Pará foi o primeiro estado a lançar um plano de bioeconomia no Brasil. Ele foi construído a partir de discussão multissetorial, envolvendo academia, setor privado, comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Mas o plano é um organismo vivo e está em constante revisão”, explicou.

O plano está estruturado em três eixos principais: pesquisa, desenvolvimento e inovação; patrimônio cultural e genético; e cadeias produtivas e negócios sustentáveis ​​. Entre as iniciativas previstas, está a construção do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia , que já está 60% concluída no Porto Futuro 2, em Belém . O espaço será um polo de inovação, promovendo intercâmbio entre pesquisa e desenvolvimento e apoiando negócios sustentáveis.

A sociobioeconomia, que alia desenvolvimento econômico e conservação ambiental, é um dos pilares da Jornada COP+ e está no centro das discussões sobre descarbonização, combate ao desmatamento ilegal e queimadas, além da economia circular. Para a líder do Comitê de Sociobioeconomia da Jornada COP+, a empresária Joana Martins, a indústria tem um papel essencial na transformação dos bioativos amazônicos em produtos de valor agregado. “Temos um território rico e precisamos saber como transformar isso em economia. A sociobioeconomia é um modelo de produção que transforma ativos da floresta, incluindo as pessoas e valorizando o conhecimento tradicional, sem deixar de inovar e acessar o mercado. Estamos diante de uma transição necessária para o meio ambiente e para a sobrevivência do planeta”, destacou.

A próxima reunião do grupo de trabalho está marcada para abril, quando os membros discutirão novas propostas para aprimorar o PlanBio e apresentarão sugestões à Secretaria de Bioeconomia da Semas.

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