Senador Jader Barbalho apoia transformar Theatro da Paz em Patrimônio Cultural da Humanidade
A campanha para que o Theatro da Paz, em Belém, seja reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, recebeu um importante apoio do senador Jader Barbalho (MDB). Em documento enviado à secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, o parlamentar enfatizou a relevância dessa iniciativa, promovida por representantes dos setores culturais da região Norte. O objetivo é garantir que o teatro receba o reconhecimento mundial, destacando seu valor cultural e histórico para a região amazônica e para o Brasil.
O processo de candidatura está sendo desenvolvido em colaboração com várias instituições e especialistas, que trabalham para garantir que o Theatro da Paz atenda aos critérios da UNESCO. Esses critérios envolvem a comprovação de um valor universal excepcional, além de integridade, autenticidade e a devida proteção e gestão do bem. Uma vez que a proposta seja submetida, o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO avaliará se o teatro pode ser incluído na lista dos Patrimônios Mundiais.
O Valor Histórico e Cultural do Theatro da Paz
“O Theatro da Paz já é um patrimônio nacional e sua relevância para a sociedade paraense e toda a região amazônica merece ser reconhecida pela UNESCO”, afirmou Jader Barbalho. O senador destacou que o teatro é o maior símbolo da cultura paraense, sendo não apenas um marco arquitetônico, mas também um espaço que promove a música clássica, contemporânea e as artes cênicas. Sua importância transcende fronteiras regionais, sendo um verdadeiro tesouro do Brasil.
Fundado em 15 de fevereiro de 1878, durante o auge do Ciclo da Borracha, o Theatro da Paz é uma relíquia histórica que remonta às raízes da sociedade belenense. Sua construção representa o período de grande desenvolvimento do Pará, impulsionado pela exportação do látex, que trouxe riquezas e mudanças profundas à região.
A Importância de Reconhecer os Teatros da Amazônia
Além do Theatro da Paz, o senador ressaltou que outro importante centro cultural da Amazônia também está sendo indicado para o reconhecimento da UNESCO: o Teatro Amazonas, em Manaus. Ambos os teatros são considerados Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde as décadas de 1960.
“Esses teatros são testemunhas de um período crucial de desenvolvimento, marcado pelo Ciclo da Borracha. Representam não só a rica história e arquitetura da Amazônia, mas também a interseção da região com a economia e a geopolítica internacional nos séculos XIX e XX”, completou Jader Barbalho.
A Importância do Reconhecimento Mundial
A inscrição do Theatro da Paz na Lista Indicativa de Patrimônio Mundial da UNESCO é uma etapa essencial no processo de obtenção do título. Para conquistar esse reconhecimento, o teatro deve demonstrar um valor que ultrapasse as fronteiras locais, regionais e nacionais, atingindo um status de relevância universal. Esse reconhecimento pode não apenas elevar o status do teatro, mas também fortalecer a cultura e o turismo da região.
Com seu estilo neoclássico e grande atenção à acústica e visibilidade, o Theatro da Paz foi projetado para atender às demandas de uma sociedade que prosperava economicamente na segunda metade do século XIX. A riqueza advinda da exportação de látex impulsionou o crescimento econômico da região, e a elite local desejava um teatro à altura das grandes casas de ópera europeias. Seu projeto foi inspirado no Teatro alla Scala, em Milão, um dos teatros mais renomados do mundo.
A Importância do Apoio Político
Jader Barbalho concluiu sua mensagem reforçando a necessidade de esforços conjuntos para valorizar patrimônios como o Theatro da Paz, que, pela sua importância, representam a identidade de uma nação. “Essa é uma oportunidade para unirmos forças pela valorização de bens que possam ser considerados patrimônios de todos os povos. Contem com meu apoio”, declarou o senador em seu ofício à Secretaria de Cultura do Pará.
A candidatura do Theatro da Paz para Patrimônio Cultural da Humanidade promete não apenas destacar a riqueza cultural da Amazônia, mas também promover o reconhecimento global de um dos maiores tesouros históricos do Brasil.