Pará

Operação Curupira ultrapassa 500 dias de atuação e prende dois homens por crime ambiental em São Félix do Xingu

Ação fez parte da 38ª fase da operação. Derrubada ilegal incluia uma espécie cujo corte é proibido sem autorização do órgão competente.

A 38ª fase da Operação Curupira, que já acumula um ano e meio de intensa atuação, continua a demonstrar a eficácia das ações voltadas para a preservação ambiental e o combate à criminalidade em áreas vulneráveis a ilícitos ambientais no Pará. Na última quinta-feira, 08 de agosto, a operação resultou na prisão em flagrante de dois homens na Área de Preservação Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, localizada no município de São Félix do Xingu, no sudoeste do estado.

Prisões e Apreensões

Durante uma diligência de fiscalização integrada, os agentes identificaram atividades ilegais de desmatamento a cerca de 41 quilômetros da Vila Central, nas proximidades da Vila Fumaça. Ao chegarem ao local, encontraram dois suspeitos em flagrante, cometendo crimes ambientais previstos no Artigo 39 da Lei 9.605/98, que criminaliza o corte de árvores em florestas consideradas de preservação permanente. Entre as espécies derrubadas ilegalmente estava a Bertholletia excelsa, conhecida como castanheira-do-pará, cuja exploração é rigorosamente controlada.

Além das árvores derrubadas, os agentes encontraram no local acampamentos de apoio, duas motosserras, uma espingarda de fabricação caseira e toras de madeira já preparadas para o transporte e comércio ilegal. Um dos homens foi autuado pelo crime ambiental, enquanto o outro foi preso por posse irregular de arma de fogo, conforme o Artigo 12 da Lei 10.826/03.

Resultados e Impactos da Operação Curupira

Segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, as ações da Operação Curupira têm mantido o Pará como referência na preservação ambiental, com resultados significativos reconhecidos por órgãos nacionais de pesquisa. Desde o início das operações, em fevereiro de 2023, a força-tarefa tem garantido apreensões importantes, desarticulação de garimpos ilegais e a prisão de criminosos envolvidos em atividades que promovem o desmatamento.

A Operação Curupira, que começou com bases fixas em São Félix do Xingu, Uruará e Novo Progresso, já se estende a 15 municípios paraenses incluídos no decreto de emergência ambiental, como Altamira, Itaituba, e Jacareacanga, entre outros. Ao longo de suas 38 fases, a operação contabilizou 1.435 fiscalizações, 80 prisões, 434 autos de infração, e a inutilização de 260 maquinários utilizados em atividades ilegais. Além disso, foram apreendidas 194 armas de fogo, 596 munições, e 95 garimpos foram fiscalizados.

Integração e Continuidade

As ações integradas da Operação Curupira continuam com a participação de várias entidades, incluindo a Secretaria de Segurança Pública (Segup), o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), as Polícias Militar, Civil e Científica, o Corpo de Bombeiros Militar e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O sucesso contínuo da operação é atribuído à capacitação constante dos agentes e ao fortalecimento das estruturas operacionais, incluindo a aquisição de veículos específicos para a realização das operações.

A Operação Curupira é um exemplo do compromisso do Pará com a proteção ambiental e a luta contra a criminalidade que ameaça os ecossistemas da região. As prisões e apreensões realizadas na 38ª fase demonstram a eficácia dessas ações e a determinação das autoridades em garantir a preservação das áreas protegidas e o cumprimento das leis ambientais.

Fonte: Agência Pará

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