Impacto do La Niña: Mudanças Climáticas e Clima Extremo

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou que, apesar dos sinais de fim do fenômeno climático El Niño, as “temperaturas excepcionalmente altas” continuarão devido a mudanças climáticas. Prevê-se que o padrão climático La Niña traga um resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Oceano Pacífico, mas isso não deterá o calor global.

De acordo com a OMM, até o final deste ano, o El Niño, que contribuiu para os recordes de temperatura global em 2023 e 2024, deverá dar lugar ao La Niña, acompanhado por um clima mais ameno. No entanto, Álvaro Silva, climatologista da OMM, adverte que eventos extremos associados ao La Niña podem agravar-se.

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Oceano Pacífico equatorial, central e oriental, o que pode afetar os padrões globais de vento, pressão e precipitação. Essas mudanças têm impactos significativos nos padrões sazonais de precipitação e temperatura em várias partes do mundo.

Embora o fim do El Niño não signifique uma pausa nas mudanças climáticas de longo prazo, Ko Barrett, vice-secretário-geral da OMM, enfatiza que o aquecimento global continuará devido aos gases de efeito estufa. As temperaturas excepcionalmente altas da superfície do mar ainda desempenharão um papel crucial nos próximos meses.

No entanto, há grande incerteza sobre a força e a duração do La Niña, e os modelos de previsão sazonal nesta época do ano têm habilidades relativamente baixas, conforme observado pela OMM.

Embora a transição do El Niño para o La Niña possa trazer mudanças nos padrões climáticos, o aquecimento global persistirá, destacando a necessidade contínua de medidas para mitigar as mudanças climáticas e seus impactos.

Com informações da ONU.

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