Meio Ambiente

McLaren Investe em Sustentabilidade Comprando Créditos de Carbono Brasileiros

A McLaren se une à luta contra o aquecimento global, investindo em projetos de reflorestamento e tecnologias de remoção de CO2.

A McLaren Racing anunciou nesta quinta-feira (30) um plano ambicioso para atingir emissões líquidas zero até 2040, integrando-se na luta global contra as mudanças climáticas. Como parte deste compromisso, a empresa fez acordos significativos para a compra de créditos de carbono de projetos de reflorestamento na Amazônia e de iniciativas de remoção de CO2 no Reino Unido e nos Estados Unidos.

A McLaren, conhecida por sua presença nas competições de Fórmula 1 e Fórmula Indy, enfrenta desafios únicos devido às emissões geradas não apenas pelo automobilismo, mas também por atividades como viagens aéreas. Com um calendário de Fórmula 1 previsto para incluir 24 corridas em 22 países diferentes no próximo ano, a necessidade de medidas sustentáveis é ainda mais premente.

Um dos principais acordos anunciados envolve a startup brasileira Mombak, especializada em reflorestar terras degradadas na Amazônia. Além disso, a McLaren firmou parceria com a UNDO, uma empresa escocesa focada em tecnologias para a remoção de CO2 da atmosfera através do processo de aumento do desgaste das rochas. Estas iniciativas refletem um compromisso significativo da McLaren com a redução de sua pegada de carbono.

Além dessas parcerias, a McLaren está colaborando com a Great Barrier Reef Foundation, uma organização sem fins lucrativos australiana que trabalha pela restauração dos recifes de coral. Este esforço é de particular relevância, considerando que o piloto australiano Oscar Piastri representa a equipe na Fórmula 1.

O objetivo da McLaren é reduzir suas emissões em 90% até 2040. Para os 10% restantes, a empresa pretende implementar estratégias de compensação de carbono. O valor investido no “Programa de Contribuição Climática” não foi divulgado.

A Mombak, apoiada por investidores como Bain Capital e AXA, e que recentemente levantou um fundo de 100 milhões de dólares para projetos de remoção de carbono na Amazônia, fornecerá remoções de carbono à McLaren a um preço médio superior a 50 dólares por tonelada métrica, acima da média do mercado tradicional de créditos de carbono.

Enquanto os créditos de carbono são vistos como uma ferramenta crucial na luta contra as mudanças climáticas, permitindo a emissão de determinadas quantidades de gases do efeito estufa, organizações como o Greenpeace criticam esses mercados por potencialmente permitirem que os emissores continuem a liberar gases do efeito estufa sem fazer mudanças significativas em suas operações. A McLaren, contudo, parece determinada a desempenhar um papel ativo e responsável na busca por soluções sustentáveis para um futuro mais verde.

Com informações da Agência Brasil.

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