Belém

Belém será a segunda mais quente do mundo até 2050

A última semana foi marcada por uma onda de calor intenso em diversas regiões do país, levando a recordes de temperatura anuais mesmo durante o inverno. Este fenômeno chamou a atenção de especialistas e pesquisadores, que têm estudado as mudanças climáticas e seus impactos em escala global. Um estudo recente, realizado pela ONG CarbonPlan em colaboração com o The Washington Post, trouxe previsões alarmantes sobre o futuro do clima em nosso planeta.

Segundo a pesquisa, o município de Belém, situado no estado do Pará, tem potencial para se tornar a segunda cidade mais quente do mundo até o ano de 2050. Esta é uma revelação preocupante, considerando que estamos falando de uma cidade brasileira que já é conhecida por suas altas temperaturas.

O estudo também revelou que, até 2030, mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo estarão expostas a temperaturas acima de 32°C por um período contínuo de um mês. Isso significa que adultos saudáveis, que costumam realizar atividades ao ar livre, estarão em risco de estresse térmico. A situação se agrava ainda mais em 2050, quando espera-se que metade da população mundial esteja vivendo sob estas condições extremas de calor.

Historicamente, regiões como o Sul da Ásia e o Médio Oriente foram as mais afetadas por altas temperaturas. No entanto, a previsão é de que, em 2050, muitos outros locais ao redor do mundo também enfrentem este desafio. Cidades como Pekanbaru, na Indonésia, poderão ter até 344 dias de calor extremo por ano. Belém do Pará vem logo em seguida, com uma previsão de seis meses de calor intenso. Outras cidades que também aparecem na lista são Dubai, Calcutá e Nimule.

Além dos desafios climáticos, o estudo também destaca as questões sociais e econômicas que podem limitar a capacidade das populações de lidar com o calor. Muitas famílias não têm recursos para adquirir equipamentos como ar-condicionado, e as diferenças nos sistemas de saúde de cada região podem agravar ainda mais a situação. Tamma Carleton, professora assistente de economia ambiental na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, resumiu a situação ao dizer que “a história do calor é a desigualdade”.

Com informações do Globo Rural.

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