Crescimento da energia solar por assinatura no Brasil
Entendendo a energia solar por assinatura: um novo modelo para o Brasil.
O Brasil tem testemunhado uma revolução silenciosa no setor de energia. Com o aumento das tarifas de energia elétrica e a crescente popularidade da geração distribuída (GD), a energia solar por assinatura tem se tornado uma opção cada vez mais procurada pelos brasileiros. Nos últimos dois anos, o número de usinas operando sob esse modelo saltou de 1.900 para impressionantes 6.652, um crescimento de 250%. Estas usinas de energia solar fotovoltaica estão espalhadas por 1.187 municípios do país, contribuindo com mais de 625 MW (megawatts) de potência instalada. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), essa tendência só tende a crescer.
Mas, o que exatamente é a energia solar por assinatura? Basicamente, em vez de cada consumidor ter seu próprio sistema solar, uma empresa gera energia solar e a injeta na rede elétrica. Vários consumidores, então, compartilham os benefícios dessa unidade geradora. A energia produzida é dividida entre os assinantes, e os créditos gerados são aplicados em suas contas de luz, com base na quantidade de energia que cada um contribuiu para gerar. Isso pode resultar em significativas economias na fatura de energia elétrica.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece e regulamenta essa prática desde 2015, garantindo que as concessionárias contabilizem corretamente a geração e o consumo de energia elétrica proveniente da geração solar por assinatura.
Para aderir, é necessário formar um grupo e estabelecer uma estrutura legal, como um consórcio ou cooperativa. Todos os participantes devem estar na mesma área de concessão de uma distribuidora de energia. A unidade de geração deve estar em um local diferente de onde a energia excedente será usada, e a escolha do local deve seguir as diretrizes da Aneel.
Há muitas vantagens em adotar esse modelo. Além da economia na conta de luz, que pode chegar a 15%, os consumidores também se beneficiam de preços mais competitivos em relação à energia da distribuidora. No entanto, a dependência de importações para a geração solar pode encarecer a instalação de painéis no Brasil, tornando a energia menos acessível para todos.
Atualmente, a capacidade de energia solar no Brasil é de mais de 33 gigawatts (GW), o que representa cerca de 15% da matriz elétrica do país. Isso inclui usinas de grande porte e sistemas de geração própria em edifícios e terrenos.
Com informações do EPBR.