Emmanuel Macron expressa desejo de aderir à OTCA
Macron explica ausência na cúpula, expressa desejo de aderir ao tratado amazônico e enfrenta críticas na França.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, justificou sua ausência na recente Cúpula da Amazônia, organizada pelo Brasil, durante a conferência anual no Palácio do Eliseu. Macron expressou seu desejo de ser o único líder europeu convidado a explicar como a Europa financia a Amazônia, ressaltando que a França é uma potência amazônica por meio da Guiana Francesa, mas atualmente não faz parte do tratado amazônico. Ele declarou solenemente que a França deseja aderir à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, a fim de ter uma representação que associe estreitamente a Guiana Francesa. Macron expressou seu desejo de que o Brasil e outras potências da região aceitem a candidatura da França.
A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, fundada em 1995, tem como objetivo preservar a região que abriga cerca de 10% da biodiversidade mundial. Atualmente, é composta por oito países membros: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A última cimeira resultou na criação de uma aliança contra o desmatamento.
A ausência de Macron na cúpula foi criticada na França, especialmente porque ele foi convidado pessoalmente pelo presidente brasileiro, Lula. A embaixadora francesa no Brasil, Brigitte Collet, o representou na cúpula, o que foi visto como um peso diplomático considerável. Além disso, representantes da Guiana não foram informados sobre o convite oficial feito à França, apesar de 90% do território da Guiana ser coberto pela Amazônia. Isso levou a críticas de alguns governantes locais, que viram isso como um sinal de desrespeito.
Em resposta, Macron compartilhou uma longa mensagem no Twitter (agora renomeado como X), saudando a iniciativa de Lula e reiterando seus compromissos com o clima, sem, no entanto, explicar sua ausência. Ele enfatizou a urgência de acabar com o desmatamento e defendeu um modelo que concilie a preservação da natureza com o desenvolvimento econômico, remunerando os estados florestais e suas populações pelos serviços prestados ao resto do mundo.
Com informações do www.huffingtonpost.fr