Força Nacional atua em terras indígenas de Mato Grosso do Sul
Decisão judicial busca equilibrar direitos de comunidade indígena e fazendeiros
A Força Nacional de Segurança Pública recebeu autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública para colaborar com a Polícia Federal nas terras indígenas de Mato Grosso do Sul. Essa decisão foi motivada pelas reivindicações do povo Guarani-Kaiowá, que considera a região como parte integrante da Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá. No centro dessa questão estão as disputas territoriais entre indígenas e fazendeiros locais, um conflito que remonta a 2008 e que, devido a debates sobre o marco temporal, levou a conflitos, incluindo o trágico Massacre do Caarapó em 2016.
Neste momento, a missão dos militares da Força Nacional é prestar apoio à Polícia Federal na execução de uma decisão judicial que procura manter um acordo entre a comunidade Kurupi Santiago Kue e a fazenda Tejuí. Esse acordo determina as áreas de ocupação de cada grupo até que a demarcação definitiva seja concluída pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas. O principal objetivo é assegurar a ordem pública e a segurança tanto das pessoas quanto das propriedades na região, considerando o histórico de tensões e conflitos presentes.
Embora o número exato de militares envolvidos não tenha sido divulgado, a quantidade será definida de acordo com o planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública. A intervenção da Força Nacional visa a garantir a coexistência pacífica entre as diferentes partes envolvidas e facilitar a execução de ações necessárias para a resolução dos conflitos, enquanto aguardam a demarcação oficial das terras indígenas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas.
Com informaçãoes da Agência Brasil.