Rosa Weber defende combate ao crime para preservar floresta
A 1° Cúpula Judicial Ambiental da Amazônia começou nesta sexta-feira (4) e vai até sábado (5). O evento discute as ações do judiciário no combate às mudanças climáticas.
A Amazônia, o coração das discussões ambientais globais, tornou-se o palco da 1° Cúpula Judicial Ambiental da Amazônia – Juízes e Floresta. A cidade de Belém, capital do estado do Pará, foi escolhida para sediar este evento significativo, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em colaboração com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
Iniciada na sexta-feira (4) e continuando até sábado (5), a cúpula tem como objetivo central discutir o papel do judiciário na luta contra as mudanças climáticas e formular ações para combater o desmatamento. A reunião conta com a presença de autoridades notáveis da Amazônia internacional e brasileira, incluindo ministros, governadores e líderes indígenas.
A presidente do STF e do CNJ, Rosa Weber, abriu o evento enfatizando a necessidade de trazer a Amazônia para o centro das discussões sobre mudanças climáticas. Ela também destacou as atividades ilegais que persistem na região, como tráfico de drogas e pessoas, desmatamento, e a importância inquestionável da Amazônia na manutenção do equilíbrio climático.
A cúpula também enfocou as riquezas naturais da Amazônia e sua posição estratégica na geopolítica global. A região, que contém mais de 60% das florestas tropicais, 20% da água doce e 10% da biodiversidade mundial, desempenha um papel vital no ciclo do carbono e, portanto, nas mudanças climáticas globais.
A ação conjunta entre os governos estadual e federal no combate ao desmatamento ilegal no Pará foi um tema-chave, com o governador Helder Barbalho enfatizando a necessidade de colaboração coletiva. Ele também comemorou a redução do desmatamento e das emissões de CO2 no estado.
A ex-deputada Federal e presidente da Funai, Joenia Wapichana, lembrou a importância de considerar os povos tradicionais nas discussões sobre justiça climática e ambiental.
O evento também incluiu discursos de outros ministros e terminou com um painel sobre o desmatamento na Amazônia. A Cúpula Judicial é um precursor da COP 30, que será realizada em Belém em 2025.
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