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COP 28: Petroleiras estatais apresentam metas de descarbonização

Será uma oportunidade crucial para as petroleiras estatais demonstrarem que estão à altura desse desafio.

A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudança do clima (COP 28), prevista para novembro deste ano em Dubai, promete ser um marco na história das empresas estatais de petróleo. Pela primeira vez, essas empresas planejam apresentar de forma unificada suas metas de descarbonização, um passo crucial na luta global contra as mudanças climáticas.

O setor petrolífero, muitas vezes apontado como o grande vilão da crise climática, enfrenta o desafio de se reinventar. Para as petroleiras estatais, a transição para uma economia descarbonizada é mais do que uma simples mudança – é uma verdadeira metamorfose. Como bem colocou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, “É deixar de produzir o que rende pra você e virar uma empresa de energia com outra fonte também, até um momento lá na frente que você vai passar a produzir outra coisa”.

Desde que assumiu o cargo em janeiro deste ano, Prates tem liderado uma série de iniciativas voltadas para a transição energética. A criação da primeira diretoria voltada para a transição energética, ocupada pelo ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Maurício Tolmasquim, é um exemplo disso. Além disso, a Petrobras anunciou planos para construir parques eólicos offshore e desenvolver biocombustíveis em larga escala, demonstrando seu compromisso com a descarbonização.

Na COP 28, as petroleiras estatais pretendem mostrar que estão preparadas para a transição, apesar do evidente conflito de interesses. A ideia é estabelecer metas claras e factíveis, que serão atualizadas anualmente. “Elas (petroleiras estatais) querem montar um grupo forte, no sentido de dizer quais as nossas metas, bem claras e factíveis e atualizadas anualmente”, afirmou Prates.

A união das petroleiras estatais na COP 28 é um sinal positivo de que o setor está levando a sério a necessidade de descarbonização. No entanto, a transição energética é um processo complexo que exigirá não apenas a definição de metas, mas também a implementação de estratégias eficazes e a colaboração entre todos os setores da economia.

Com informações do Correio do Povo.

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