Cúpula da Amazônia: Ensaio para a COP-30 em Belém

Em resposta ao desejo global de ver o Brasil retomar as discussões sobre a pauta ambiental, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação da Cúpula da Amazônia. O evento, que ocorrerá em Belém nos dias 8 e 9 de agosto, é visto como um ensaio para a COP-30, que o Brasil sediará em 2025, também na capital do Pará.

A Cúpula reunirá chefes de Estado dos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O objetivo é retomar o diálogo regional, fortalecer os laços entre os órgãos governamentais e a sociedade civil desses países e estabelecer um compromisso de cooperação para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

A Cúpula ambiciona produzir uma declaração conjunta para ser levada a vários debates globais futuros, um movimento essencial, dada a relevância da Amazônia para o clima, a biodiversidade e a diversidade cultural do planeta. O primeiro destaque será a Assembleia-Geral da ONU em setembro, seguida pela Cúpula do G-20 no Brasil em 2024, e a COP-30 em 2025.

O combate ao desmatamento, aos crimes ambientais e às atividades ilícitas é urgente e necessário. Não há dúvidas de que será mais efetivo com a troca de experiências e a busca por uma gestão mais integrada dos recursos. No entanto, ações de comando e controle não são suficientes. Não se pode discutir questões ambientais sem também enfrentar os desafios sociais e econômicos.

A Cúpula da Amazônia é uma oportunidade para os países Pan-Amazônicos trazerem para a agenda pública o valor da floresta em pé, a importância do respeito às identidades culturais, do combate à pobreza, do cumprimento das leis e da produção de riqueza compartilhada. A Cúpula pode ser um primeiro passo na construção de um novo modelo de prosperidade para a Amazônia, que só será possível através da articulação de diferentes setores, atração de investimentos, aumento do conhecimento sobre a região, fortalecimento de instituições locais de ensino e pesquisa, e cooperação radical com a população local e nos níveis regional e global.

Com informações do ESTADÃO.

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