Brasil

Exploração de petróleo na foz do Amazonas causa divisão no governo

Um veto do Ibama à exploração de petróleo na foz do rio Amazonas está gerando um confronto entre os ministros de Minas e Energia e do Meio Ambiente. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, tenta mediar o conflito. A Guiana vem sendo apontada como uma nova potência petrolífera, e a descoberta de grandes reservas tem atraído a atenção do mundo todo. Os campos de petróleo estão localizados na costa, na fronteira norte com o Brasil, onde também existem grandes reservas. Segundo a Petrobras, em uma prospecção inicial, estima-se que a região da Costa do Amapá até o Rio Grande do Norte possua um potencial de 30 bilhões de barris, uma espécie de novo pré-sal.

A possibilidade de exploração de petróleo na foz do rio Amazonas gerou um embate entre o ministro de Minas e Energia, favorável à exploração, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, contrária à atividade. Nesta semana, Marina Silva saiu vitoriosa, pois o Ibama negou a licença para a Petrobras realizar pesquisas na região. O relatório do Ibama afirma que a Petrobras teve oportunidades para resolver pontos críticos no projeto, que envolve uma nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental. Segundo a Petrobras, a área de perfuração do poço está localizada a 175 km da Costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do rio Amazonas.

Na última sexta-feira, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, se reuniu com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Meio Ambiente, Marina Silva, numa tentativa de mediar o conflito. Antes disso, o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, defensor da exploração de petróleo na região, conversou com Alckmin. Randolfe é líder do governo no Congresso e se desfiliou do partido de Marina Silva, o Sustentabilidade, para tomar essa posição estratégica em favor da exploração de petróleo, que poderia revolucionar a economia do estado. A Petrobras afirma que, com a decisão do Ibama, o país está abrindo mão do direito de confirmar o potencial que poderia contribuir para o desenvolvimento econômico e social das regiões norte e nordeste.

Com informações do UOL

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