Jovem pesquisador Brasileiro é reconhecido internacionalmente por inseticida sustentável
Gustavo Botega Serra, um jovem pesquisador brasileiro de 17 anos, palestrou para estudantes do estado americano do Texas no “ISEF Education Outreach Day”. Serra, vinculado à Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), ganhou reconhecimento internacional por sua invenção de um repelente e inseticida sustentável feito a partir de um fruto da Amazônia.
O jovem cientista desenvolveu um repelente e inseticida de baixo custo utilizando princípios ativos do Tucum Mirim, um fruto abundante na Amazônia. A pesquisa, orientada pelo pró-reitor de Extensão e Assistência Estudantil, professor Zilmar Timóteo, foi intitulada “Potencial larvicida, inseticida e repelente de princípios ativos do Tucum Mirim no controle de artrópodes transmissores de arboviroses”.
Os princípios ativos do Tucum Mirim foram identificados e isolados, e sem qualquer tipo de componente tóxico, os dois pesquisadores conseguiram criar um fármaco totalmente sustentável e não agressivo à saúde. Quando testado, o inseticida apresentou bons resultados, inclusive em alguns casos sugeriram uma alteração no sistema reprodutivo das larvas, gerando larvas estéreis.
A invenção de Serra foi tão bem recebida que ele ganhou dois prêmios internacionais simultaneamente, além de convites para continuar suas pesquisas científicas em Israel e nos Estados Unidos. Ele é apenas o segundo brasileiro na história a ganhar simultaneamente o Prêmio Weizmann e a credencial para a Regeneron ISEF, a maior feira de ciências do mundo.
Além de sua pesquisa, Serra é membro do Programa Cientista Aprendiz, uma iniciativa que visa colocar alunos do 8° ano até a 3° série do Ensino Médio em contato com atividades de pesquisa e extensão. Ele também participou da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), promovida anualmente pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Após concluir o Ensino Médio em 2022, Serra já tem um plano: continuar na área de pesquisa. “A pesquisa nos possibilita um mundo de oportunidades. A certeza que eu tenho é de que quero continuar fazendo ciência e levar esses resultados para a comunidade. Outros elementos da minha matéria prima ainda podem ser estudados e desenvolvidos, e essa é minha prioridade”, disse Gustavo.
No total, Gustavo já acumula mais de 10 indicações e premiações com o projeto. Seu trabalho é um exemplo de como a juventude pode contribuir para a ciência e a sustentabilidade, e é um orgulho para o Brasil.
Com informações da JABS e UEMASUL