Governador do Pará defende a biodiversidade como oportunidade de desenvolvimento
O governador do Pará, Helder Barbalho, reiterou seu apoio à biodiversidade como uma oportunidade para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Amazônia. Em uma declaração feita durante o Fórum de Competitividade, organizado pelo Movimento Brasil Competitivo e pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, Barbalho defendeu investimentos em ciência, tecnologia e conhecimento.
“Devemos reconhecer as oportunidades que nossa biodiversidade oferece. O Brasil não conhece as riquezas de sua biodiversidade. Países estrangeiros sabem mais sobre nossa biodiversidade do que grande parte da ciência brasileira. O Brasil não valoriza a ciência. Precisamos mudar isso. Estamos diante de uma revolução ambiental e social. Essas são nossas novas e únicas oportunidades que colocam o Brasil neste processo de desenvolvimento global”, disse ele.
Barbalho destacou que a floresta brasileira é um diferencial em relação a outros países e que o Brasil precisa conhecer sua biodiversidade. Ele citou o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, que foi desenvolvido após 38 audiências públicas e a participação de mais de 40 entidades. Este plano tem como pilar o conhecimento, o resgate das tradições e a promoção de oportunidades de negócios. “Só no Pará podemos alavancar $120 bilhões em bioeconomia”, exemplificou.
Quando questionado sobre as articulações para o Pará sediar uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), Barbalho afirmou que o evento é uma oportunidade para o país avançar no debate internacional sobre temas climáticos. Ele disse que o país terá a chance de assumir responsabilidades e corresponsabilidades globais em relação ao meio ambiente.
“O mundo vem ao país para discutir o clima. É uma oportunidade para o país discutir um pacto global. Não será apenas Belém e o Pará a sede da COP. Será o Brasil. O mundo vem até nós para discutir a emergência climática. Se o Brasil aproveitar essa oportunidade, conseguirá que o mundo não aponte apenas o dedo para nossas responsabilidades ambientais, mas que possam propor um pacto para um chamamento global. Para isso, precisamos mostrar que somos sérios, responsáveis e comprometidos com essa causa”, analisou.
O Fórum de Competitividade teve como objetivo debater soluções e buscar consensos para o desenvolvimento econômico, além de superar desafios sociais. Segundo os organizadores, o encontro propôs que os setores público e privado e a sociedade civil organizada discutam juntos os problemas que atrasam o Brasil e proponham mecanismos para melhorar a inserção global do país, gerando emprego e renda para todos os brasileiros.
Com informações da Agência Pará.