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Petrobras Adota Nova Estratégia de Preços Para Combustíveis em Movimento de “Abrasileiramento”

Em uma virada histórica, a Petrobras anunciou na terça-feira 16.05.2023 uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel, gasolina e gás. A iniciativa, que promete pôr fim à política de Preço de Paridade de Internacional (PPI), foi aprovada na segunda-feira 15.05.2023 e entra em vigor já nesta quarta-feira 17.05.2023.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, saudaram a medida como o primeiro passo para o “abrasileiramento” da precificação dos combustíveis produzidos no Brasil.

“Estava na hora de abrasileirar o preço dos combustíveis e sinalizar de forma clara que o governo Lula cumpre seu papel social”, disse Silveira, após reunião com Prates em Brasília.

Desde 2016, a política de PPI atrelava os preços médios dos combustíveis vendidos pela Petrobras às variações dos produtos no mercado internacional, entre outros fatores, para proteger a empresa de riscos operacionais do setor. No entanto, essa estratégia foi criticada por forçar os consumidores brasileiros a absorver as flutuações dos preços internacionais.

A nova política de preços promete trazer alívio financeiro aos brasileiros. O botijão de gás de 13 quilos da Petrobras chegará às distribuidoras do país com uma redução média de 21,3%. A expectativa, segundo Prates, é que o valor médio do botijão caia abaixo de R$ 100 para o consumidor final. Além disso, o diesel e a gasolina chegarão às distribuidoras com uma redução média de R$ 0,44 e R$ 0,40, respectivamente.

Silveira, crítico do PPI, argumentou que a nova política permitirá à Petrobras cumprir sua função social, incentivando a competitividade sem prejudicar a lucratividade e a atratividade para os investidores. “O PPI era uma abstração, uma mentira e um crime contra o povo brasileiro”, criticou o ministro.

Prates ressaltou que a nova estratégia devolve à Petrobras a liberdade de estabelecer preços de acordo com o contexto doméstico. “Nos libertamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade com o mercado internacional.”

Apesar de abandonar a paridade, a Petrobras não se afastará completamente da referência internacional de preços. “Quando o mercado lá fora estiver aquecido, com os preços do petróleo e de seus derivados consolidadamente mais altos, isto se refletirá no Brasil”, concluiu Prates.

Com informações da Agência Brasil.

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