Exploração de Petróleo na Bacia da Foz do Amazonas: Governador Helder Barbalho defende análise técnica
Em participação no Seminário “Brasil Hoje”, realizado em São Paulo nesta segunda-feira (15), o governador do estado do Pará, Helder Barbalho, defendeu a importância de critérios técnicos para a análise de viabilidade da exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, uma região de divisa entre os estados do Pará e Amapá.
Barbalho argumentou que as discussões sobre o tema devem ser fundamentadas em estudos técnicos precisos, destacando que a potencial exploração pode representar uma importante fonte de diversificação econômica e geração de empregos para a região.
O governador disse: “Não posso customizar minha fala ou enquadrar a defesa da ciência e pesquisa quando é conveniente. Eu defendo que o Ibama permita que a Petrobras possa pesquisar. E a partir daí, estabeleça os critérios ambientalmente corretos definindo com a metodologia e mecanismo que pode ser feito exploração com o menor impacto possível e, consequentemente, permitir que essa oportunidade possa existir”.
Ainda em seu discurso, Barbalho questionou o fato de que a França tem explorado petróleo na mesma bacia há 10 anos, enquanto o Brasil não tem permitido a realização de pesquisas semelhantes.
A região em questão, próxima do Suriname e da Guiana, já teve mais de 11 bilhões de barris de petróleo descobertos. Os blocos exploratórios da Foz foram licitados na 11ª rodada, em 2013, mas até o momento, nenhum poço foi perfurado na área. Segundo a agência epbr, a Petrobras destinou US$ 3 bilhões no plano 2023-2027 para a perfuração de 16 poços exploratórios na margem equatorial.
O governador também revelou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está atento à questão, e planeja intermediar um diálogo entre a Petrobras e os órgãos ambientais para permitir avanços nas pesquisas.
Barbalho concluiu: “A partir de pesquisas teremos uma decisão de Estado. O Brasil avançará sobre os processos de oportunidades na Bacia da Foz do Amazonas? Entendo que, havendo compatibilização ambiental, esta é uma oportunidade para que possamos construir uma economia”.
Durante o evento, o governador também ressaltou a importância da bioeconomia e da captura de CO2, argumentando que a monetização deste processo poderia beneficiar desde os povos tradicionais até o agronegócio, com consequências positivas para o meio ambiente.
Com informações da Agência Pará.