Militar preso em operação da PF afirma saber quem mandou matar Marielle Franco
O militar da reserva do Exército Ailton Barros, preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na operação sobre cartões de vacina fraudados, afirmou saber quem ordenou o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 2018. A declaração foi feita durante uma conversa entre Barros e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também preso na operação.
Nas conversas captadas com autorização judicial pelos investigadores, Ailton Barros mencionou o ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano, inocentando-o da responsabilidade no crime. Barros alega que Siciliano foi alvo de perseguição política e que ele sabe quem foi o mandante do assassinato de Marielle e Anderson.
A fala sobre o caso Marielle foi captada aleatoriamente pela polícia e deve ser investigada em um inquérito específico. Em 14 de março de 2018, Marielle Franco e Anderson Gomes foram baleados dentro do carro em que transitavam na região central do Rio de Janeiro.
Atualmente, há duas investigações em curso. A primeira apura os mandantes dos assassinatos, enquanto a segunda envolve o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser um dos executores do crime e que deve ser levado a júri popular.
Marcelo Siciliano foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (3). Seu nome havia sido envolvido na investigação do assassinato de Marielle e Anderson por uma pessoa que se identificou como testemunha, mas que posteriormente retirou as acusações. Agora, com a declaração de Ailton Barros, a investigação sobre o caso Marielle pode tomar novos rumos.
Com informações da Agência Brasil.