Pará

Projeto Realize: inspirando novos caminhos e gerando oportunidades para mulheres privadas de liberdade

Em busca de inspirar novos caminhos e gerar oportunidades para mulheres privadas de liberdade, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou mais uma etapa do “Projeto Realize” nesta semana. A iniciativa é fruto de uma parceria com a Faculdade Estácio do Pará (FAP) e a Vara de Execuções Penais (VEP), do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-PA).

O “Realize” é um projeto de formação continuada que oferece bolsas e oportunidades para a formação profissional das custodiadas, qualificando-as e fomentando o empreendedorismo. A iniciativa também permite que alunos universitários compartilhem suas experiências no ensino superior, despertando nas internas do sistema penal o interesse pela formação universitária.

Na terça-feira (11), uma roda de conversa na Faculdade Estácio contou com a participação de 25 custodiadas do Centro de Reeducação Feminino (CRF), localizado em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém. Rita Canto, diretora da unidade prisional, ressaltou a importância dessa oportunidade para as internas conhecerem as possibilidades que a universidade oferece, ajudando-as a tomar decisões sobre seu futuro.

O projeto multidisciplinar inclui a participação de universitárias de diversos cursos, como Direito e Serviço Social, e integra o currículo de Direitos Humanos como um projeto de extensão. Segundo Paolla Magalhães, acadêmica do curso de Direito, a iniciativa proporciona um contato com uma realidade diferente e uma chance de humanizar o tratamento das custodiadas.

Os resultados do “Projeto Realize” são promissores. Segundo Patrícia Sales Cardoso, coordenadora de Educação Prisional no Cárcere, a participação das internas em projetos como esse aumentou significativamente as médias de aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL). “Neste ano, tivemos 478 internos aprovados no Enem, com média para cursar uma faculdade”, informou.

F.M, uma das custodiadas do Centro de Reeducação Feminino, considerou a ação integrada com a universidade bastante produtiva e espera que se repita várias vezes. “É um desenvolvimento e um aprendizado bastante importantes para nós. Conseguimos aprender muitas coisas novas e saímos com um novo pensamento, de não voltarmos para o lugar que a gente está”, afirmou.

Com informações da Agência Pará.

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