“Manual Prático de Como Vestir um Pai Morto”: Novo livro de contos de Anderson Araújo traz histórias de luto e vitórias modestas em uma Amazônia urbana
O novo livro de contos do escritor e jornalista Anderson Araújo está em pré-venda no site da Editora Folheando. São 20 histórias com personagens de uma Belém úmida, periférica e violenta e, ao mesmo tempo, palco de amores e paixões tocantes e extremas
Dez anos depois da primeira incursão pela literatura impressa, o jornalista e escritor Anderson Araújo retorna às prateleiras com o “Manual prático de como vestir um pai morto”, livro de contos posto em pré-venda pelo site da editora Folheando. Desta vez o autor convida os leitores adentrar em histórias de luto, perdas e vitórias modestas de personagens viventes em uma Amazônia urbana, perdida entre o presente e um passado não muito distante, reelaborado pela memória e experiências reinventadas.
“Há uma discussão, saudável inclusive, mas bem antiga, sobre o que é conto e o que é crônica na Literatura. Se me perguntam, eu fico em um meio termo, mas opto por classificar como conto, porque acredito que tudo é reelaboração, auto ficção. Escrevo sobre o que me ocorreu e o que vi nos últimos anos, sempre entre a verdade e a mentira, conceitos que são discutíveis sempre”, diz Anderson.
O livro está dividido em quatro partes: “Sobre abismos e vertigens”, “Quando anoitece”, “Diante de espelhos” e “Madrugadas amargas”. Em 164 páginas, Anderson Araújo desfila personagens de uma Belém úmida, periférica e violenta e, ao mesmo tempo, palco de amores e paixões tocantes e extremas.
“Busco o que instiga, o que nos comove e emociona, o que nos faz sair do lugar. São histórias que contrapõem e se recusam à indiferença, ao insosso, a uma vida sem graça. São situações que criei buscando alguma beleza, mesmo onde aparentemente não tem”, afirma.
O livro tem a orelha assinada pelo escritor e professor doutor em Filosofia do Direito da Universidade Federal do Pará, Ricardo Evandro Martins. Sobre o livro, Martins avalia: “Anderson conta suas histórias com seu realismo romântico: materialista, mas nostálgico, relata tragédias, cria cenas fantásticas e contos de redenção sobre algumas vidas no bairro da Pedreira, antiga periferia da Amazônia urbana de Belém. Em vez do bom selvagem, prefere narrar as ambiguidades da barbárie amazônica”.
A poeta e doutora em Antropologia pela UFPA, Camille Castelo Branco, assina o prefácio de “Manual Prático”. Camille também é autora do catálogo da editora Folheando com o título “Às vezes o monstro é uma mulher”. Acerca do livro “Manual prático”, a escritora elabora: “conseguimos sentir o cheiro do suor, do sangue; ver as cores dos corpos, não retocados pelas imagens de cinema, mas dotados de matizes e texturas que só os olhos, sem mistificação, conseguem captar; ouvir o latido dos cães, o gemido dos amantes, o barulho dos tiros, da chuva caindo, do rádio tocando; experimentar o gosto do álcool, da pólvora, da pele tocada pela primeira vez com a língua ou, também comumente, com os dentes”.
Autor também de “Bêbado Gonzo e outras histórias”, auto publicação por meio de financiamento coletivo, lançada em 2013, Anderson Araújo nasceu em 1979, em Belém do Pará, e é formado em Jornalismo desde 2004 pela UFPA, com mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto, em Portugal. Viveu grande parte de sua vida no bairro da Pedreira, velha periferia da capital paraense, cenário de muitas das histórias contidas em “Manual prático de como vestir um pai morto”.
Outra grande influência nessa Literatura, que busca uma experiência universal a partir de vivências locais e únicas, é a atividade profissional: o autor foi repórter por pelo menos dez anos nas grandes redações de Belém, testemunhando a cidade de perto, no calor das ruas, entre tragédias e o inusitado da capital do Pará.
Informações
Título: Manual prático de como vestir um pai morto
Autor: Anderson Araújo
Editora: Folheando
Arte da capa: Sumaya Fagury
N° de páginas: 164
Valor: R$ 43,90
Onde comprar: site da editora aqui
Fonte DOL.