Brasil

Adiamento da viagem de Lula gera polêmica e especulações políticas

Senador carioca Carlos Portinho inicia movimento virtual após adiamento da viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), que estava prevista para o próximo dia 27. O motivo alegado foi a necessidade de Lula se submeter a exames de rotina. Porém, a narrativa foi abraçada por apoiadores do ex-presidente que especulam teorias nas redes e afirmam, sem provas, que o diagnóstico de Lula não foi o real motivo para o adiamento da viagem.

A polêmica se intensificou após o deputado federal Daniel Freitas retuitar uma mensagem de um apoiador que afirmava ter “algo estranho acontecendo” neste cancelamento. Já o colega de bancada na Câmara, Carlos Jordy, usou aspas para falar da saúde de Lula e criticar a ausência de pronunciamento do ex-presidente: “Um dia ‘doente’ é um dia sem falar besteira e sem aumentar a crise”, disse em publicação.

A narrativa dos apoiadores de Lula, no entanto, foi criticada por Carlos Portinho, que escreveu em suas redes sociais: “Pessoal, não tem nada de mais na agenda do Lula. Exames de rotina são normais e importantes em qualquer idade, ainda mais na idade do ex-presidente. Não vamos criar teorias da conspiração onde não há. A verdade é que Lula adiou a viagem devido a uma necessidade médica.”

Ainda assim, a polêmica pode ter um impacto político importante. Como noticiado por João Paulo Saconi, da coluna do Lauro Jardim, o adiamento da viagem frustra o plano de Jair Bolsonaro que esperava pela ausência de seu adversário para ter todos os holofotes na sua volta ao país. Nos Estados Unidos desde dezembro passado, Bolsonaro nunca esteve na capital durante o governo Lula.

Enquanto isso, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, confirmou o retorno de Jair Bolsonaro ao Brasil no próximo dia 30 e desembarque em Brasília às 7h30. A partir de então, o partido montará um plano de ação para usar a imagem do ex-presidente e da ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, para triplicar o número de prefeituras comandadas pelo partido ao fim da eleição municipal do ano que vem, saltando das atuais 343 para pelo menos 1 mil. Valdemar quer que Bolsonaro e Michele comecem a viajar no primeiro semestre para arregimentar apoios e fortalecer a legenda para a disputa do ano que vem, que ocorrerá em outubro de 2024. Uma das possibilidades é que o ex-presidente retome as motociatas que marcaram suas passagens por diversas cidades durante a campanha eleitoral do ano passado.

Com informações do O Globo.

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