Prefeitura de Belém intensifica ações de vistoria em Mosqueiro para conter erosão costeira
O prefeito Edmilson Rodrigues já esteve em audiência com o ministro das Cidades, Jader Filho, e solicitou recursos para a construção dos muros de arrimo de Mosqueiro e também obras e serviços para Outeiro e Cotijuba.
A Prefeitura de Belém está intensificando as ações de vistoria na ilha de Mosqueiro com o objetivo de criar projetos de contenção ou muros de arrimo nas áreas afetadas pela erosão costeira. A série de estudos, iniciada em 2021, continua neste primeiro trimestre de 2023, durante o período mais rigoroso do inverno amazônico, caracterizado por chuvas, ventos e marés altas. Nesta terça-feira (21), uma comissão formada pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Defesa Civil de Belém, Agência Distrital de Mosqueiro (Admos) e Serviço de Geologia do Brasil visitou as áreas do Marahu e Paraíso.
Segundo o Serviço Brasileiro de Geologia do Brasil (CPRM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, os estudos servem para diagnosticar as áreas de risco e, consequentemente, oferecer conteúdo robusto à elaboração de projetos que visam a dar segurança aos moradores locais, seja por transferência da moradia ou pela construção de muros de arrimo nas zonas com maior incidência da erosão costeira.
“A Prefeitura de Belém está atenta e vem desempenhando seu papel no trabalho preventivo e também de garantir às pessoas que elas não estão sozinhas”, explica Claudionor Corrêa, coordenador operacional da Defesa Civil de Belém. “O trabalho nas ilhas de Mosqueiro, Outeiro e Cotijuba avançou nos últimos dois anos e nós esperamos que num período breve de tempo o mapeamento das áreas atingidas pela erosão costeira esteja concluído para a criação de projeto de construção de muros de arrimo”.
Na região da praia do Marahu, a erosão costeira se estende por mais de 800 metros e com altura acima de cinco metros. Moradores das áreas afetadas relatam preocupação com a situação, mas demonstram confiança nas ações da Prefeitura. Mosqueiro possui ao menos quatro pontos críticos de erosão costeira: Bispo, Praia Grande, Marahu e Paraíso. Por isso, a Prefeitura de Belém, por meio da Seurb, Admos, Defesa Civil e Serviço de Geologia do Brasil, intensifica as vistorias, objetivando encontrar soluções que reduzam os impactos sociais e econômicos na vida dos moradores.
“A Prefeitura está atuando firme na prevenção e no trabalho de mapeamento dessas áreas de erosão costeira”, garantiu Claudionor. “O prefeito Edmilson Rodrigues já esteve em audiência com o ministro das Cidades, Jader Filho, e solicitou recursos para a construção dos muros de arrimo de Mosqueiro e também obras e serviços para Outeiro e Cotijuba. A nossa expectativa é que, ainda este ano, o problema seja resolvido”.
Em casos mais graves, a Prefeitura de Belém conta com a rede de apoio social, como aluguel social ou, mediante relatório, as pessoas atingidas pelo processo de erosão costeira podem ser contempladas com moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, gerenciado pelas prefeituras municipais.
Íris Bandeira, do Serviço de Geologia do Brasil, explica que o trabalho da comissão visa identificar as áreas passíveis de risco, onde as pessoas corram o risco de perder a moradia, bens materiais ou que haja mortes. “Estamos acompanhando essas vistorias há mais de dois anos. Os resultados preliminares estão disponíveis às consultas públicas e servem de base para a criação de mecanismos de busca de recursos, transferência das pessoas ou construção de obras que possam manter as moradias, mas de forma segura”, explicou a geóloga.
A intensificação das ações de vistoria em Mosqueiro demonstra o comprometimento da Prefeitura de Belém em proteger os moradores das áreas afetadas pela erosão costeira, buscando soluções efetivas para garantir a segurança e o bem-estar da população.
Com informações da Agência Belém.