Força-tarefa da Prefeitura de Ananindeua atua em área atingida por fortes chuvas
O Serviço Geológico do Brasil identifica mais de 11 mil moradores vivendo em áreas de risco geológico na cidade.
A cidade de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, foi fortemente atingida pelas chuvas da última terça-feira, 14.03.2023. O Bairro do Una, uma das áreas mais afetadas, recebeu nesta quinta-feira (16) uma força-tarefa da Prefeitura de Ananindeua, que realizou ações de emergência no local. A iniciativa envolveu as secretarias de Saneamento e Infraestrutura (Sesan), Habitação (Sehab) e de Serviços Urbanos (Seurb).
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) identificou mais de 11 mil moradores de Ananindeua vivendo em áreas de risco geológico. O estudo mapeou 43 áreas suscetíveis a danos, sendo sete de risco alto e 36 de risco muito alto, com ameaças como inundações, alagamentos, erosões e deslizamentos. A falta de planejamento urbano e ocupação inadequada contribuem para a situação crítica.
Ananindeua: mais de 11 mil moradores vivem em áreas de risco de desastre
A força-tarefa contou com 17 pessoas, incluindo servidores da Seurb e trabalhadores terceirizados, além de equipamentos como retroescavadeira e caçambas. Foram removidas 12 toneladas de entulhos e lixo orgânico trazidos com o transbordo do rio Una e despejados por moradores. A equipe também desobstruiu toda a rede de esgoto com hidrojato e trocou tubulações em pontos estratégicos.
Edson Carrera, diretor de Limpeza Pública da Seurb, afirmou que a ação emergencial se estenderá por toda a semana, com a continuidade da remoção de entulhos e lixo, desobstrução das ruas, capinação e roçagem do mato, e limpeza do meio fio de todas as ruas.
Os moradores da região demonstraram satisfação com as ações emergenciais. Luiz Otávio da Silva Araújo, motorista de Uber, relatou os prejuízos causados pela inundação e ressaltou a importância das medidas emergenciais. Mariana Oliveira, aposentada, e Raimundo Martins, motorista, também elogiaram o trabalho realizado.
Para evitar futuras enchentes e alagamentos durante o inverno amazônico, é fundamental que ações como essas sejam realizadas ao longo do ano, envolvendo autoridades municipais, órgãos governamentais e sociedade civil.