Belém

Órgãos discutem garantia de abastecimento de pescado em Belém para a Semana Santa

O preço do pescado comercializado nas feiras e mercados municipais de Belém fechou em alta no ano de 2022. Foi o que apontou um estudo realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon), e Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese/pa).

E, para garantir o abastecimento interno do peixe na época de maior consumo para a população de Belém, Secon e Dieese/PA realizaram nesta quinta-feira, 2, as primeiras tratativas sobre as ações para a Semana Santa.

“Já estamos realizando um plano de ordenamento e fiscalização na Pedra do Peixe do Complexo do Ver-o-Peso, considerada o maior entreposto de comercialização do Estado”, informa o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro. “A ideia é garantir o abastecimento interno através do controle quantitativo de todo o pescado que sai de lá para outros municípios paraenses”.

Pesquisa de preço

Conforme relatório da Secon e Dieese/PA, foi identificado aumento na maioria das espécies de pescado comercializadas nas feiras e mercados de Belém. “Esses valores, inclusive, fecharam com percentuais superiores à inflação, que foi 6% para o mesmo período”, destaca o supervisor técnico do Dieese no Pará, Roberto Sena.

Segundo Sena, como já ocorreram em anos anteriores, por motivos principalmente de sazonalidade do peixe, a tendência é de que a partir de agora os preços da maioria do pescado continuem sofrendo elevações pelo menos até a Semana Santa. “É bom lembrar ainda que, já no final do ano passado, a maior parte das espécies pesquisadas registrou aumentos”.

De acordo com as pesquisas, no ano passado (jan-dez/2022), os reajustes mais expressivos foram verificados nos seguintes tipos de pescados: peixe serra com alta de 29,67%; seguido do camurim, 29,46%; pacu, 26,92%; tucunaré, 24,05%; sarda, 20,80%; acari, 16,59%; gurijuba, 16,42%; surubim, 16,06%; peixe pedra, 15,49%; dourada, 14,86%; cachorro de padre, 14,65%; mapará, 13,43%; pescada branca, 12,64%; aracu, 11,09%; bagre, 10,72%; filhote, 10,22%; pescada amarela, 10,07%; cação, 9,99%; xaréu, 9,56%; tambaqui, 9,46%; tainha, 5,68%; corvina, 5,23%; uritinga, 4,39%; arraia, 3,70%, e tamuatá, com alta de 3,40%.

Também no ano anterior (jan-dez/2022), poucos tipos de pescados apresentaram queda: pirapema, com recuo de 17,38%; seguida da piramutaba, com queda de 5,99%; pescada gó, 3,70%; pratiqueira, 2,48%, e a curimatã, com queda de 1,66%.

Fonte Agência Belém

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