Com quatro Usinas da Paz em Belém, população tem assistência garantida com mais de 620 mil atendimentos
Da Cabanagem à Terra Firme, as UsiPaz da capital têm levado inúmeras oportunidades às comunidades
A três dias de completar 407 anos, o município de Belém está prestes a receber, no próximo dia 12 de janeiro, como presente de aniversário, a quinta Usina da Paz da capital, dessa vez, no bairro do Guamá, considerado um dos mais populosos da cidade. De acordo com dados levantados pelo Núcleo de Relações Institucionais da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), órgão que administra as Usinas da Paz, as quatro unidades atualmente em funcionamento na cidade já somam 624.306 beneficiamentos gerados à população dos bairros onde estão instaladas (Cabanagem, Benguí, Jurunas/Condor e Terra Firme).
Da Cabanagem à Terra Firme, as Usinas da Paz localizadas na capital do Pará têm levado inúmeras oportunidades às comunidades. Dos cuidados com a saúde até as ações de lazer, os quatro complexos multifuncionais em funcionamento nos bairros belenenses vêm proporcionando uma nova realidade para quem, com esperança, sempre acreditou em dias melhores.
Tem sido assim para Sabrina vitória Santana, de 20 anos, que mora na Cabanagem desde que nasceu, a primeira comunidade a ser contemplada com uma UsiPaz em Belém e que, em quase um ano de funcionamento, já realizou mais de 364.381 mil atendimentos. A jovem conta sobre o caminho que percorreu para hoje estar fora da estatística do desemprego.
“Comecei fazendo o curso chamado ‘Cenas de Paz’, quando ainda era ministrado em uma escola do meu bairro, foi onde me encontrei e onde vi que muitas outras oportunidades viriam. Logo no final de 2019, consegui pelo projeto a oportunidade de fazer uma entrevista para trabalhar como jovem aprendiz, passei e hoje faço parte do quadro de funcionários efetivos do 3° Cartório de Registro de Imóveis de Belém”, conta.
Sabrina também fala sobre os frutos que toda sua família colhe até hoje com a chegada do complexo comunitário estadual no bairro onde mora. “Depois disso, muita coisa mudou, muitas outras oportunidades surgiram e hoje minha família tem a chance que há tempos a gente sonhava: minha avó pode fazer uma hidroginástica, meus tios podem fazer um curso pra obterem uma qualificação em algo que gostam, meu primo pratica esportes. Então, sou muito grata pelo sonho que um dia foi sonhado e hoje vem sendo concretizado”, conclui.
Distante cerca de 10 km do bairro cabano, a UsiPaz Jurunas/Condor também apresenta histórias de vidas que já foram transformadas e ganharam novos rumos mesmo com apenas três meses de atividades do complexo multifuncional do estado. Alessandra Souza é uma jurunense de 25 anos, todos vividos na comunidade, e há cinco deles resolveu abrir o próprio negócio, uma venda de doces, salgados e comidas em geral, tudo preparado pelas próprias mãos. Quando a Usina da Paz surgiu para a população local, surgiu também o caminho para a cozinheira e empreendedora buscar uma melhor especialização para o seu negócio.
“A UsiPaz tem sido uma grande oportunidade que os moradores do Jurunas e Condor precisam agarrar e fazer valer a pena assim como eu venho fazendo. Nos cursos de gastronomia que tenho feito, eu aprendo muitas coisas, coisas que não tinha aprendido no outro curso de culinária que eu pagava e fazia anteriormente. E o melhor de tudo, gera certificação e assim posso comprovar em qualquer lugar que realmente tenho especialização no que faço”, declara Alessandra, que encerrou recentemente o curso de comidas natalinas e também é aluna das aulas de boxe que o complexo oferece. Para a empreendedora, a UsiPaz, que já soma, desde outubro de 2022, mais de 27 mil beneficiamentos, é completa, da geração de emprego ao lazer; o espaço abraça a população.
Para o titular da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), Ricardo Balestreri, histórias como as da Alessandra e Sabrina são a prova de que as Usinas da Paz funcionam mesmo antes de suas estruturas físicas de fato estarem presentes nos territórios e, não apenas isso, mostram para a população caminhos de oportunidades a serem seguidos.
“Quando nós pensamos nas Usinas da Paz, nós queríamos exatamente esse resultado: pessoas dos diversos territórios tendo chances de verdade, de seguirem pelo caminho do bem, do estudo, da cidadania, do esporte, da arte. Imaginamos pessoas empregadas, jovens entrando na universidade, ganhando medalhas, e é exatamente isso que nós vemos em Belém desde a entrega da primeira Usina da Paz da capital, no bairro da Cabanagem. Então, o que fica é a sensação do nosso dever enquanto aparelho público estar se cumprindo a cada nova meta traçada e alcançada. Que venham a UsiPaz Guamá e muitas outras, pelo bem do Pará e do Brasil. E virão!”, revela.
No Benguí, segundo bairro da capital paraense a receber uma Usina da Paz, a funcionalidade do complexo atrai gente de não tão perto assim. Katiane Menezes mora bairro do Coqueiro e adotou a UsiPaz Benguí como local de passeio para a família nas tardes dos finais de semana.